Zimbábue vende 35 elefantes para a China devido à crise econômica
Foto de arquivo de elefante no Parque Nacional de Hwange / Foto: Tsvangirayi Mukwazhi, File/AP Photo

O órgão de defesa do meio ambiente do Zimbábue comunicou nesta quinta-feira (5) que vendeu 35 elefantes para a China. Eles dizem que querem aliviar a superpopulação e levantar fundos, ato fortemente criticado por ativistas de bem-estar animal.

A economia do país desmoronou e o governo do país disse que precisava vender os animais selvagens para apoiar seus povos e garantir esforços de conservação ambiental. O Zimbábue também tentou vender seu estoque de marfim por milhões de dólares.

O valor que a China pagou pelos elefantes não foi divulgado. Desde 23 de dezembro os ativistas anunciam que um avião havia levado os animais, com a confirmação do governo apenas nesta quinta.

O órgão de defesa também não informou se os elefantes eram adultos, o que também preocupa alguns grupos ativistas. “Por que é feito clandestinamente e o anúncio acontece duas semanas depois? Porque sabemos que às vezes os filhotes foram tirados de suas mães, as condições foram horríveis e ninguém sabe como será usado o dinheiro”, disse Johnny Rodrigues, um dos manifestantes.

Em 2014, os Estados Unidos proibiram a importação de elefantes e marfim do Zimbábue. O país alegou uma falta de transparência no uso dos fundos de conservação gerados pela exportação.

Já o governo do país africano diz que seu território ao sul do continente é rico em vida selvagem e que tem 36 mil elefantes a mais da capacidade.