Relato é de que o homem estaria em casa no momento em que o fogo começou, diferente do que ele disse anteriormente à Polícia
Um novo relato de testemunha contrapõe a versão apresentada pelo morador da quitinete incendiada na Rua da Candelária, na Vila Ipiranga, em Campo Grande, na segunda-feira (1.º). O vizinho, que vive no mesmo imóvel onde funcionam cerca de dez quitinetes, afirma que o homem estava em casa no momento em que o fogo começou, diferente do que ele disse anteriormente à polícia.
Segundo o vizinho, que pediu para não ser identificado, a situação entre o casal era tensa havia pelo menos três dias. Ele relata que as brigas eram constantes e envolviam agressões mútuas. “A gente ouvia discussão todo dia. Ele mandou ela embora, ela quebrou o celular dele no domingo. Chamaram a polícia naquela manhã, mas ele fugiu e passou o dia fora”, contou.
O vizinho afirma ainda que, no momento do incêndio, o motoentregador estava dentro da própria quitinete. “Na hora que começou, ele simplesmente pegou a moto e saiu, sem avisar ninguém que tinha fogo”, disse. Ele relata que outro morador percebeu a fumaça e alertou os demais. Em poucos minutos, a fumaça já tomava conta da área.
A declaração contrasta com a versão anterior registrada pela PM, em que o morador disse que só notou o incêndio quando voltou para casa. Ele também declarou ter deixado o portão apenas encostado, o que teria facilitado a entrada da ex-namorada, suspeita apontada como responsável pelas chamas. Um vizinho já havia dito ter visto a mulher entrar no local minutos antes da fumaça.
Mesmo assim, moradores afirmam que não é a primeira vez que o casal se envolve em conflitos no terreno. Segundo eles, o proprietário do imóvel já havia sido acionado outras vezes devido às brigas. Desta vez, o caso terminou com perda total dos pertences do motoentregador e danos que assustaram todos os moradores.
O Corpo de Bombeiros controlou as chamas e a perícia ainda vai determinar a causa do incêndio. A ex-namorada não foi localizada até o momento e o caso segue sob investigação na Depac-Cepol.
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