Vetos do governador expõem racha entre deputados da base

A votação de dois vetos do governador Reinaldo Azambuja (PSDB)a projetos de lei propostos pelos deputados estaduais, expôs a falta de unidade inclusive entre parlamentares do próprio PSDB.

Na sessão desta quarta-feira (2), por 10 votos a 8, os deputados mantiveram os vetos aos projetos do deputado Marcio Fernandes (de saída do PTdoB rumo ao PMDB), sobre controle de reprodução de cães e gatos no Estado, e à proposta de Cabo Almi (PT), que previa obrigatoriedade da autenticação eletrônica em boletos e documentos de compensação bancária.

Membro da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), o deputado Maurício Picarelli, que amanhã se filia oficialmente ao PSDB, usou a palavra durante a sessão para afirmar que a comissão analisa a constitucionalidade dos projetos, bem como a competência do legislativo sobre as propostas, por isso, não faria ‘sentido’ ele votar com o governo pela manutenção do veto.

A deputada Grazielle Machado (PR), disse conhecer a ‘competência’ e o ‘entendimento’ do presidente da Comissão, o deputado BArbosinha (PSB), na avaliação de todos os projetos de lei apreciados na Assembleia antes de seguirem para sanção, ou não, do governador. “Não é porque é um veto do governo que precisa ser mantido”, disparou.

O líder do governo na Casa, Rinaldo Modesto (PSDB), se desculpou junto aos colegas autores dos projetos, disse entender que as medidas beneficiavam a população, mas alegou que o governo entendeu que as propostas não eram de ‘competência’ do legislativo.

Foram contrários à manutenção do veto, além dos já citados Picarelli e Grazielle, os deputado Marquinhos Trad, Antonieta Amorim (PMDB) e a bancada petista, Pedro Kemp, João Grandão, Cabo Almi e Amarildo Cruz.