Os vereadores de Campo Grande voltam ao trabalho nesta segunda-feira (1º). Efetivamente, eles são obrigados a retornar amanhã, após mais de 40 dias de recesso. O clima, que nunca foi dos mais tranquilos, deve voltar ainda pior neste ano, quando os parlamentares retomam a busca pela reeleição.

A dificuldade é grande por conta de desgaste com o atual prefeito Alcides Bernal (PP), motivado principalmente pela Operação Coffee Break. Investigados, alguns já adiantaram que vão se aposentar e outros aguardam o desenrolar do processo.

Os vereadores Mario Cesar (PMDB) e Edil Albuquerque (PMDB) já anunciaram que não concorrerão à reeleição. Edil foi o primeiro e anunciar e Mário reforçou o time após três meses de afastamento pela Justiça.

Há também o caso dos vereadores que estão aguardando o desenrolar da investigação. Neste grupo estão os vereadores Airton Saraiva (DEM) e Dr. Jamal (PR). Ambos aguardam os reflexos deste desgaste criado, ainda que aleguem inocência.

A dificuldade também é grande para os vereadores que  estão no primeiro mandato e não conseguiram grande destaque. Neste sentido, o problema ainda é pior para os que estão no primeiro mandato e ainda sofrem processo investigatório, como Chocolate (PTB), Edson Shimabukuro (PTB) e Gilmar da Cruz (PRB).

Além dos já citados, figuram entre os investigados os vereadores Paulo Siufi (PMDB), Carlão (PSB), Otávio Trad (PTdoB), Eduardo Romero (PTdoB) e Flávio César (PTdoB). Por enquanto, nenhum declarou intenção de desistir da reeleição.  Pelo contrário, Paulo Siufi ainda pensa em se candidatar a prefeito.

O Gaeco já finalizou o relatório dos trabalhos e encaminhou para a procuradoria-geral do MPE, que até hoje, passados quase dois meses, não deu parecer. Eles devem dizer se fazem novas diligências, arquivam ou encaminham denúncia ao Tribunal de Justiça, que também dirá se continua o processo ou arquiva. Os vereadores são investigados por suposta articulação para cassar Bernal, envolvendo troca de voto por dinheiro ou cargo.