Vereadora Sayuri Baez reagiu ao sentir-se ofendida pelo palavreado do vereador Tonhão.
Durante sessão na Câmara de Vereadores da cidade de Três Lagoas na terça-feira (5), a vereadora Sayuri Baez foi chamada de "palhaça" em alto e bom som pelo vereador Tonhão e a situação terminou em barraco. A parlamentar sentiu-se ofendida e reagiu confrontando o vereador.
Em vídeo publicado pelo portal Hoje Mais, é possível ver o momento em que Tonhão se refere a vereadora Sayuri Baez da forma desrespeitosa.
"A vereadora gosta de dar risada porque para ela aqui é um circo. Mas a palhaça é ela, porque ela não respeita nós. Toda hora que eu falo [...] fica dando risada", disse Tonhão.
Ao se sentir ofendida, a parlamentar levanta da cadeira e tenta chegar até Tonhão o repreendendo pela atitude em tom de voz alta. "Você não me chame de palhaça! Você me chamou de palhaça. Está vendo presidente?", indaga ela, que foi segurada por outros dois vereadores. Ela continua: "você me respeita!, você me respeita!".
Tonhão tenta justificar a ofensa: "eu falo e a vereadora fica dando risada. Eu não sou comediante. Por que ficar dando risada pra mim?".
A parlamentar em um momento quase tropeça na confusão. Ela diz ainda que vai acionar a Comissão de Ética da Câmara pela ofensa proferida em público e durante a sessão.
O momento foi conturbado e ocorreu justamente após a presidente da Associação de Mães dos Autistas (AMA) pedir ajuda dos vereadores para as crianças e jovens com transtorno do espectro autista.
Entre as pessoas que assistiam estavam as crianças autistas e algumas das mães cobriram os olhos dos filhos para que não presenciassem a briga.
A sessão foi suspensa por alguns minutos. E posterior ao fato, alguns dos apoiadores de Tonhão tentaram justificar a atitude do parlamentar contra a vereadora mulher. O fato de Sayuri ter reagido à fala dele pedindo respeito, falando alto e se aproximando de forma indignada está sendo usada contra a parlamentar mulher quando deveria ser observada como a maneira que ela encontrou de ser ouvida dentro do ambiente extremamente masculino. Tanto, que o vereador em questão se sentiu a vontade em apontar a parlamentar como palhaça durante sua fala em sessão ordinária.
O espaço está aberto para posicionamento de todos os envolvidos.
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