O ex-presidente da Câmara Municipal, vereador Mário César (PMDB, fez uso da palavra livre na sessão desta terça-feira (19) para criar um paralelo entre o processo de impechment da presidente Dilma Roussef e a Comissão Processante que resultou na cassação de Alcides Bernal (PP), em março de 2014. Ao fim do discurso, o vereador emocionou-se e recebeu apoio de outros parlamentares.

Com diversos relatórios em mãos, Mario Cesar relembrou dos ritos da CPI do Calote, que resultou na Comissão Processante. “Tudo que esta Casa fez, ocorreu dentro da normalidade e da legalidade. Foram nove crimes cometidos e que foram julgados um a um”, afirmou.

Em seguida, num comparativo com a votação do congresso, o vereador defendeu que o processo guiado pela Câmara Municipal, ocorreu de forma mais transparente. “ Na votação do relatório da processante, esta Casa estava lotada. Tudo foi transmitido com toda publicidade e isenção. Até um telão foi montado no estacionamento e a população estava autorizada a acompanhar”. Na votação do impeachment, apenas deputados e convidados puderam entram no congresso.

Otávio Trad (PTB) complementou as falas de Mario Cesar, também fazendo referência aos ritos do impeachment. “Os vereadores votaram com total esclarecimento do relatório da Comissão Processante. Aqui o relatório foi lido página a pagina antes da votação, diferente do que aconteceu lá”.

Os vereadores Carlão (PSB), Jamal (PR) , Carla Stephanini (PMDB) e Roberto Durães (PSC) também demostraram apoio às falas do ex-presidente da Câmara, que acabou se emocionando ao longo do discurso. Mário César enaltecia a transparência com que presidiu a Processante, quando falou de Justiça, investigações do Ministério Público Estadual e sua voz embargou.

Após as lágrimas, o atual presidente da Câmara João Rocha (PSDB) agradeceu a postura de Mario Cesar. “ Nos deu um resumo histórico, do passo a passo para a decisão ocorrida nesta Casa. O que fizemos aqui serviu de exemplo para outros poderes. Foram informações importantes, regulares e legais”. Em seguida, João Rocha falou que Mário César não precisaria ter renunciado a presidência e como feito por Carla Stephanini, pediu que o vereador continue atuando na política.