Verão: crianças e idosos só devem se expor ao sol antes das 9h e após as 17h

No Facebook, mar caribenho, imagens paradisíacas, gente bonita tostando na areia. Mas, na realidade, um baita perigo. Para não se queimar durante a estação mais popular do Rio, os dermatologistas advertem: dias de temperatura recorde exigem cuidados ainda mais especiais, principalmente com as crianças e os idosos.

— Com as altas temperaturas deste verão, a proteção tem que ser maior. Recomendo bloqueador solar, chapéu, óculos escuros e muita hidratação para todos. Crianças e idosos devem ter cuidados especiais, porque desidratam e têm a pele muito sensível. O contato com os raios solares só deve acontecer antes das 9h ou depois das 17h. Na praia, é importante que as crianças brinquem embaixo do guarda-sol e que o protetor seja reaplicado a cada hora ou ao sair da água — explica a dermatologista Daniela Landim.

A atenção deve ser redobrada com os pequenos.

— Este verão está sendo um dos mais fortes. Então, qualquer cuidado com a exposição de crianças é pouco. Elas são mais sensíveis, porque seu sistema imunológico não é tão elaborado como o de um adulto — explica a dermatologista Karla Assed.

Os pais também precisam se cuidar, com hidratação adequada e o uso diário de filtro solar. Se, mesmo com proteção, a pele continuar ressecada, alguns truques podem atenuar o efeito.

— Faça um chá de camomila, deixe gelar e aplique com uma fraldinha ou uma gaze. Água termal e hidratantes à base de aloe vera também podem ser usados — explica a diretora da Clínica da Pele, Annia Lourenço, que condena a exposição de crianças ao sol em horários impróprios:

— É loucura. Desidratação numa criança é grave. Tem que ir para o hospital tomar soro. Para os pequenos, é sol no fim de tarde.