A vítima aparece em vídeo no chão sendo segurada pelo pescoço por um segurança.

Imagens feitas por clientes de um atacadista no Bairro Coronel Antonino, em Campo Grande, levantou questionamentos sobre abordagem de seguranças a um vendedor de balas. Apontado como suspeito de furto, o rapaz é agredido até com um golpe mata-leão, no entanto, depois de ser levado para uma sala onde passou menos de três minutos, o ambulante foi liberado sem que a polícia fosse acionada, afirmam testemunhas ouvidas pelo Campo Grande News.
Vídeo de quase dois minutos mostra a confusão já em andamento. A vítima aparece no chão sendo segurada pelo pescoço por um segurança, enquanto outro funcionário imobiliza as mãos do rapaz. A todo momento, o vendedor se debate e tenta escapar da dupla.
“Ele entrou no mercado para comprar as balas que vende no sinaleiro, mas estava mal vestido e quando saiu, já estavam à espera dele”, conta um homem de 33 anos, que estava no local e preferiu não ser identificado por medo de represálias.
Na sequência do vídeo, o ambulante segue sendo arrastado pelo pescoço na direção de um espaço reservado da loja. No trajeto, ele cai no chão por várias vezes, se debate e explica aos funcionários que não furtou nada dentro do estabelecimento.
Algumas pessoas acompanham a cena, mas não se intrometem. Uma das testemunhas que gravou a cena sugere que a polícia seja chamada, o que não acontece. “Ele foi muito enforcado, não tinha necessidade disso. O que aconteceu só mostra o despreparo dessa equipe de segurança”, comentou um cliente.
De acordo com pessoas ouvidas por nossa reportagem, o vendedor foi levado para uma sala restrita e foi liberado menos de três minutos depois. A polícia não foi acionada pelo atacadista. “Ele tinha as notas do que comprou”, finaliza uma testemunha.
Procurado pelo Campo Grande News, o Fort Atacadista ressaltou que "repudia qualquer tipo de violência" e que foi "surpreendido pela reação de sua equipe de prevenção na loja da Coronel Antonino", na tarde desta segunda-feira (25).
"A orientação da empresa é que, ocorrendo qualquer tipo de suspeita, a Polícia Militar deverá ser acionada para o registro do Boletim de Ocorrência. Os colaboradores são comunicados e orientados através de treinamentos recorrentes sobre abordagem pacífica e respeitosa, sendo a violência passível de punição", pontuou.
Sobre o caso em questão, a empresa também informou que está "tomando as medidas cabíveis".
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