Após uma semana da megaoperação no Rio, o governo americano enviou uma endereçada diretamente ao secretário do governador do Rio Cláudio Castro.

Veja o que diz a carta enviada pelo governo Trump sobre a megaoperação no Rio
Secretário de Segurança Pública Victor Cesar dos Santos e o governador do Rio Claudio Castro (PL). / Foto: Reprodução/CNN/ND Mais

O secretário de Segurança Pública do governador Cláudio Castro (PL), Victor Cesar dos Santos, recebeu uma carta enviada pelo governo Trump, datada em 4 de novembro, em que o governo americano expressa apoio e condolências pela morte de quatro policiais durante a megaoperação realizada no dia 28 de outubro no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.

Assinada por James M. Sparks, chefe da Divisão de Repressão a Drogas (Drug Enforcement Administration – DEA) no Brasil, a mensagem lamenta “a trágica perda dos quatro policiais que tombaram no cumprimento do dever” e reconhece a coragem e o sacrifício das forças de segurança do Estado.

“Sabemos que a missão de proteger a sociedade exige coragem, dedicação e sacrifício, e reconhecemos o valor e a honra desses profissionais que deram suas vidas em defesa da segurança pública”, diz o texto.

“À disposição para qualquer apoio”, cita carta enviada pelo governo Trump
No documento, o representante do governo americano também destaca a admiração pelo “trabalho incansável das forças de segurança do Estado” e coloca o consulado “à disposição para qualquer apoio que se faça necessário”.

A carta enviada pelo governo Trump foi endereçada ao secretário Victor Cesar dos Santos e enviada à sede da SESP (Secretaria de Estado de Segurança Pública), na Cidade Nova, no Rio de Janeiro.

Na terça-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou a operação no Rio de Janeiro de “matança” e defendeu que a Polícia Federal faça uma investigação sobre a força-tarefa.

Castro teve que prestar contas ao STF (Supremo Tribunal Federal), na ADPF das Favelas, sobre a legalidade e a proporcionalidade do uso da força policial na operação, que mirou o Comando Vermelho, uma das facções mais violentas e armadas do país.

Em audiência com o relator Alexandre de Moraes na última segunda-feira (3), o governador do Rio defendeu que a operação foi legal e constitucional.