Conheça as principais iniciativas do UNICEF no Brasil para enfrentar a epidemia e proteger crianças e adolescentes da COVID-19.

Veja as ações do UNICEF em resposta ao coronavírus no Brasil
/ Foto: Anderson Rodrigues/UNICEF

As crianças e adolescentes não são os mais afetados diretamente pelo coronavírus, mas, como em todas as emergências e crises humanitárias, são eles os que mais sofrem de maneira indireta.

Por essa razão, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) ajustou seu Programa de País, ampliando suas iniciativas para reduzir o avanço do vírus e mitigar os impactos da epidemia na vida de crianças e adolescentes, em especial aqueles mais vulneráveis.

Conheça as principais iniciativas do UNICEF no Brasil para enfrentar a epidemia e proteger crianças e adolescentes da COVID-19.

O Ministério da Saúde do Brasil registrou o primeiro caso de coronavírus no país em 26 de fevereiro de 2020.

Foi o caso de um homem de 61 anos, de São Paulo, que havia acabado de voltar da Itália. Nas semanas seguintes, o vírus se espalhou pelo país.

Apenas um mês depois, em 27 de março, já havia quase 3,5 mil casos, com mais de 90 mortes.

Embora crianças e adolescentes não sejam os mais afetados diretamente pelo coronavírus, como em todas as emergências e crises humanitárias, são eles os que mais sofrem de maneira indireta.

Os isolamentos sociais e o fechamento das escolas estão afetando a sua educação e saúde mental e o acesso a serviços básicos de saúde.

Durante estes tempos excepcionais, os riscos de maus-tratos, violência doméstica ou sexual, abuso, exploração e exclusão social são maiores do que nunca para meninas e meninos. A pobreza pode aumentar, deixando-os ainda mais expostos.

São necessárias, portanto, ações específicas e urgentes voltadas a crianças, adolescentes e suas famílias.

Por isso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) ajustou seu Programa de País, ampliando suas iniciativas, com foco em reduzir o avanço do vírus e mitigar os impactos da epidemia na vida de crianças e adolescentes, em especial aqueles mais vulneráveis.

O UNICEF concentra sua resposta ao coronavírus em três públicos específicos:
(1) População em geral;

(2) Crianças e adolescentes brasileiros mais vulneráveis, incluindo meninas e meninos pobres, moradores de periferias e favelas das grandes capitais, moradores de municípios menores e mais pobres na Amazônia e no Semiárido, indígenas, quilombolas e crianças com deficiência;

(3) Meninas e meninos migrantes venezuelanos, principalmente aqueles que vivem em abrigos oficiais e espontâneos em Roraima, no Amazonas e no Pará.

A resposta do UNICEF tem como objetivos contribuir para a prevenção, a detecção precoce e o controle do coronavírus no país; e mitigar os impactos da epidemia na vida de meninas e meninos.

As iniciativas incluem diferentes frentes de trabalho. A primeira delas é informar a população em geral, e os grupos mais vulneráveis, sobre como proteger a si mesmos e suas famílias da COVID-19 e como enfrentar as fake news.

Isso inclui tanto o uso de redes sociais e diferentes comunicações online, quanto estratégias de comunicação comunitária, em especial o uso de rádios para levar informações a quem não tem fácil acesso à internet.

Outra frente de trabalho é a mobilização de parceiros do setor privado para o fornecimento de suprimentos como itens de higiene e proteção para quem mais precisa. O UNICEF faz a ponte entre quem precisa de ajuda e quem quer ajudar.

Há também um foco grande em políticas públicas. O UNICEF está trabalhando com governos nos níveis federal, estadual e municipal, empresas e sociedade civil para mitigar o impacto da crise e garantir a continuidade dos serviços – saúde, educação, assistência social e proteção contra a violência – adaptados à nova realidade.

Além disso, o UNICEF investe em apoiar a saúde mental de adolescentes e engajá-los em ações e, também, em monitorar a situação e o impacto social para produzir evidências em apoio a políticas e ações.

Por fim, uma frente fundamental é o plano de resposta emergencial ao coronavírus no contexto da crise migratória venezuelana. O UNICEF trabalha com a Operação Acolhida do Governo, outras agências das

Nações Unidas e outros parceiros em medidas imediatas de prevenção, saúde, educação, com foco em crianças e adolescentes migrantes, em especial em Roraima, no Pará e no Amazonas.