De acordo com o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, será feito concurso de remoção interna

Vara “dona” da Lama Asfática e confiscos milionários fica vaga

“Dona” das ações da Lama Asfáltica, operação da PF (Polícia Federal) que aponta desvios de pelo menos R$ 150 milhões em obras estaduais , a 3º Vara da Justiça Federal de Campo Grande está vaga com a aposentadoria do titular, o juiz federal Odilon de Oliveira, até concurso de remoção interna.  Odilon se aposentou na semana passada e está a um passo de ingressar na política, como pré-candidato pelo PDT ao Governo do Estado.

Com o outro juiz, lotado na Vara, de férias e depois em curso de formação até 7 de janeiro, as decisõs serão do juiz Ney Gustavo Paes de Andrade. Especializada no combate à lavagem de dinheiro, a 3ª Vara da Justiça Federal também tem projeção pelo confisco milionário de bens de traficantes.

“Até o retorno do juiz federal substituto lotado na Vara - Fábio Luparelli Magajewski - está designado o juiz federal substituto Ney Gustavo Paes de Andrade. A 3ª Vara Federal de Campo Grande ficará vaga até que seja preenchida por concurso de remoção interna de Juízes Federais”, informa a assessoria de imprensa do TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região).

Lama Asfáltica - Na 1ª fase, deflagrada em 2015, os pedidos na Justiça tramitaram na 5ª Vara, com negativa para todos os pedidos de prisão. Desde o ano passado, os autos com pedidos de prisão e de busca e apreensão rumaram para a 3ª Vara, especializada em combate ao crime de lavagem de dinheiro.

Então titular, Odilon se declarou impedido, sendo as decisões da juíza federal substituta Monique Marchioli Leite, que atua eventualmente na 3ª Vara. No ano passado, a 2ª fase, batizada de Máquinas de Lama, teve as primeiras prisões deferidas. Neste ano, veio a decisão mais rumorosa: uso de tornozeleira eletrônica para o ex-governador André Puccinelli (PMDB) e fiança de R$ 1 milhão.

Fora Odilon, o juiz federal substituto Fábio Luparelli Magajewski é lotado na 3ª Vara e assumiu a operação, realizada em maio de 2017, quando voltou das férias.

Nos leilões, a Justiça Federal oferta carros, imóveis de luxo, gado e até aeronaves apreendidos de traficantes. Um exemplo foi a operação Nevada, realizada no ano passado contra uma quadrilha que traficava cocaína.