CPI do Transporte Público, café premium no MPMS, liberdade de expressão, bate-boca na Assembleia e CPI natimorta... fique por dentro!

A cobertura política desta semana em Mato Grosso do Sul foi marcada pelo descontentamento popular diante da atuação de autoridades que, na percepção da comunidade, têm deixado a desejar.
Na CPI do Transporte Público de Campo Grande, o clima esquentou. O presidente da Câmara Municipal, vereador Papy (PSDB), chegou a ser chamado de “inimigo do povo” ao sugerir que a solução para a precariedade do serviço seria repassar ainda mais recursos ao Consórcio Guaicurus — grupo empresarial responsável pelo transporte coletivo da Capital.
A pressão da sociedade foi além das oitivas. Na quarta-feira (25), uma audiência pública transmitida diretamente da Praça Ary Coelho permitiu que a população expusesse suas queixas. Os relatos não são coerentes a um serviço que custa milhões aos cofres públicos e ainda demanda custo de passagem aos usuários.
Enquanto isso, a empresa que detém a concessão exclusiva do transporte urbano e intermunicipal tenta se livrar de multas aplicadas há mais de uma década, algumas por atrasos recorrentes. Em dois dos casos, as penalidades somam R$ 97.752,55. O consórcio perdeu o prazo para recorrer administrativamente, mas agora busca reverter as sanções “no tapetão”.
Paralelamente, os empresários tentam garantir uma indenização milionária contra o município, por atraso no reajuste da tarifa. A ação judicial busca uma compensação de mais de R$ 377 milhões, alegando suposto desequilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Em meio a tudo isso, a CPI já consumiu mais de R$ 100 mil com assessorias jurídicas e contábeis, mas segue sem resultados práticos. A investigação, que tem escancarado o descaso da concessionária com a população, mostrou também a dificuldade do Legislativo municipal em pressionar melhorias ágeis e efetivas. Diante disso, o sentimento em boa parte da população é de pessimismo para eventuais mudanças.
Café premium no MPMS
Outro alvo de críticas nesta semana foi o Ministério Público de Mato Grosso do Sul. O órgão comprou café arábica de torra média ao preço de quase R$ 100 o quilo, conforme publicado no Diário Oficial. O item, de qualidade superior, foi adquirido de uma empresa mineira — e logo virou motivo de polêmica nas redes sociais.
O gasto foi criticado por internautas, especialmente diante da alta do produto no mercado. Só no último ano, o café registrou inflação de mais de 98% nas prateleiras. A escolha do grão especial contrasta com a realidade de muitos consumidores, que questionam os “luxos” apesar dos salários inflados por “penduricalhos”.
Justiça reforça liberdade de expressão
Já em Dourados, a 1ª Vara Criminal negou uma queixa-crime por calúnia e difamação movida contra um internauta que sugeriu, em um grupo de WhatsApp, a prisão do ex-governador Reinaldo Azambuja e do deputado estadual Zé Teixeira, ambos do PSDB.
A mensagem dizia: “Já q é para colocar os escândalos, coloca ainda Zé Teixeira preso tbm do Reinaldo Azambuja dentre outros”. Vale lembrar: Reinaldo Azambuja foi indiciado em 2020 pela Polícia Federal por corrupção passiva e organização criminosa, acusado de receber propina da JBS. Já Zé Teixeira chegou a ser preso pela PF por suposto envolvimento no mesmo esquema.
Bate-boca na Assembleia
O conflito no Oriente Médio foi pano de fundo para um episódio lamentável na Assembleia Legislativa. Diante de um grupo de estudantes, os deputados Pedro Kemp (PT) e Neno Razuk (PL) protagonizaram um bate-boca com direito a gritaria e ‘dedo na cara’.
O tema — a guerra entre Israel e Irã — foi usado como munição ideológica, e o embate expôs a fragilidade do ambiente parlamentar diante de pautas sensíveis. O episódio gerou críticas à postura dos parlamentares, especialmente por ocorrer em um espaço que deveria ser exemplo de diálogo democrático, cujas pautas prioritárias estão a milhares de quilômetros dos mísseis israelenses e iranianos.
CPI da Santa Casa nasce enfraquecida
Outro movimento político que já enfrenta desafios é a CPI da Santa Casa, proposta pelo vereador Rafael Tavares (PL). A proposta já conseguiu coletar todas as assinaturas e aguarda os trâmites legislativos.
Segundo o autor, a investigação teria muito mais força com envolvimento da Assembleia Legislativa, uma vez que o Governo do Estado também é responsável por repasses à unidade hospitalar.
Tavares chegou a sugerir uma CPMI, nos moldes do Congresso Nacional, mas esbarrou na estrutura legislativa: em Campo Grande, não há sistema bicameral como em Brasília. Com isso, caso avance, a CPI ficará restrita aos repasses municipais à Santa Casa, o que pode comprometer o alcance da apuração.
A cobertura política desta semana em Mato Grosso do Sul foi marcada pelo descontentamento popular diante da atuação de autoridades que, na percepção da comunidade, têm deixado a desejar.
Na CPI do Transporte Público de Campo Grande, o clima esquentou. O presidente da Câmara Municipal, vereador Papy (PSDB), chegou a ser chamado de “inimigo do povo” ao sugerir que a solução para a precariedade do serviço seria repassar ainda mais recursos ao Consórcio Guaicurus — grupo empresarial responsável pelo transporte coletivo da Capital.
A pressão da sociedade foi além das oitivas. Na quarta-feira (25), uma audiência pública transmitida diretamente da Praça Ary Coelho permitiu que a população expusesse suas queixas. Os relatos não são coerentes a um serviço que custa milhões aos cofres públicos e ainda demanda custo de passagem aos usuários.
Enquanto isso, a empresa que detém a concessão exclusiva do transporte urbano e intermunicipal tenta se livrar de multas aplicadas há mais de uma década, algumas por atrasos recorrentes. Em dois dos casos, as penalidades somam R$ 97.752,55. O consórcio perdeu o prazo para recorrer administrativamente, mas agora busca reverter as sanções “no tapetão”.
Paralelamente, os empresários tentam garantir uma indenização milionária contra o município, por atraso no reajuste da tarifa. A ação judicial busca uma compensação de mais de R$ 377 milhões, alegando suposto desequilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Em meio a tudo isso, a CPI já consumiu mais de R$ 100 mil com assessorias jurídicas e contábeis, mas segue sem resultados práticos. A investigação, que tem escancarado o descaso da concessionária com a população, mostrou também a dificuldade do Legislativo municipal em pressionar melhorias ágeis e efetivas. Diante disso, o sentimento em boa parte da população é de pessimismo para eventuais mudanças.
Café premium no MPMS
Outro alvo de críticas nesta semana foi o Ministério Público de Mato Grosso do Sul. O órgão comprou café arábica de torra média ao preço de quase R$ 100 o quilo, conforme publicado no Diário Oficial. O item, de qualidade superior, foi adquirido de uma empresa mineira — e logo virou motivo de polêmica nas redes sociais.
O gasto foi criticado por internautas, especialmente diante da alta do produto no mercado. Só no último ano, o café registrou inflação de mais de 98% nas prateleiras. A escolha do grão especial contrasta com a realidade de muitos consumidores, que questionam os “luxos” apesar dos salários inflados por “penduricalhos”.
Justiça reforça liberdade de expressão
Já em Dourados, a 1ª Vara Criminal negou uma queixa-crime por calúnia e difamação movida contra um internauta que sugeriu, em um grupo de WhatsApp, a prisão do ex-governador Reinaldo Azambuja e do deputado estadual Zé Teixeira, ambos do PSDB.
A mensagem dizia: “Já q é para colocar os escândalos, coloca ainda Zé Teixeira preso tbm do Reinaldo Azambuja dentre outros”. Vale lembrar: Reinaldo Azambuja foi indiciado em 2020 pela Polícia Federal por corrupção passiva e organização criminosa, acusado de receber propina da JBS. Já Zé Teixeira chegou a ser preso pela PF por suposto envolvimento no mesmo esquema.
Bate-boca na Assembleia
O conflito no Oriente Médio foi pano de fundo para um episódio lamentável na Assembleia Legislativa. Diante de um grupo de estudantes, os deputados Pedro Kemp (PT) e Neno Razuk (PL) protagonizaram um bate-boca com direito a gritaria e ‘dedo na cara’.
O tema — a guerra entre Israel e Irã — foi usado como munição ideológica, e o embate expôs a fragilidade do ambiente parlamentar diante de pautas sensíveis. O episódio gerou críticas à postura dos parlamentares, especialmente por ocorrer em um espaço que deveria ser exemplo de diálogo democrático, cujas pautas prioritárias estão a milhares de quilômetros dos mísseis israelenses e iranianos.
CPI da Santa Casa nasce enfraquecida
Outro movimento político que já enfrenta desafios é a CPI da Santa Casa, proposta pelo vereador Rafael Tavares (PL). A proposta já conseguiu coletar todas as assinaturas e aguarda os trâmites legislativos.
Segundo o autor, a investigação teria muito mais força com envolvimento da Assembleia Legislativa, uma vez que o Governo do Estado também é responsável por repasses à unidade hospitalar.
Tavares chegou a sugerir uma CPMI, nos moldes do Congresso Nacional, mas esbarrou na estrutura legislativa: em Campo Grande, não há sistema bicameral como em Brasília. Com isso, caso avance, a CPI ficará restrita aos repasses municipais à Santa Casa, o que pode comprometer o alcance da apuração.
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