54 ônibus de apoio e assistência à mulher em situação de violência estão em circulação no País.

Os ônibus que atendem mulheres em situação de violência já cobrem todo o território nacional, chegando às localidades mais distantes do País para prestar auxílio às vítimas.

A secretária de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Aparecida Gonçalves, informa que são 54 ônibus em circulação no território nacional, com todos os Estados possuindo pelo menos uma unidade móvel de atendimento.

“Em situações de violência, as mulheres da área urbana pegam um ônibus e chegam a uma delegacia”, diz. “As mulheres da área rural não tem esse acesso”, afirma ela, lembrando as dimensões continentais do Brasil.

As unidades móveis foram idealizadas para transportar profissionais das mais diversas áreas, responsável por prestar auxílio à mulher vítima de violência, seja no apoio psicológico para superação de agressão física ou sexual, seja na assistência jurídica e acesso a uma delegacia especializa em violência doméstica ou familiar.

Nesse sentido, explica a secretária, as unidades móveis compõem uma importante infraestrutura de assistência a mulheres em situação de violência das áreas rurais, das florestas, às mulheres que vivem em aldeias indígenas ou em comunidades ribeirinhas e também às vítimas em localidades próximas ao mar e das de comunidades quilombolas.

De acordo com a Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, o conceito de violência contra o sexo feminino abrange violência doméstica (psicológica, sexual, física, moral e patrimonial), violência sexual, abuso e exploração sexual, assédio sexual, assédio moral, tráfico de mulheres e violência institucional.

Nessa iniciativa, o governo federal participa com a doação dos ônibus e com os recursos para a manutenção das unidades móveis, enquanto Estados e municípios entram com os serviços prestados e os profissionais.

Além do apoio psicossocial, o ônibus transporta às localidades distantes os representantes de delegacia especializada, do juizado ou de vara especializada em violência doméstica e familiar contra mulher, representantes do ministério público e da defensoria pública.

“Muitas vezes vão delegados de polícia e oficiais, mas também vão o defensor público, o promotor, o juiz, a assistente social e psicólogos”, comenta Aparecida Gonçalves.

Em muitas situações, comenta a secretária, o ônibus é usado como infraestrutura de apoio na mobilização de comunidades, servindo para organizar palestras para mulheres dos rincões mais distantes.

Os serviços prestados pelo “ônibus da mulher” visam ajudar a reduzir a triste estatística de 13 mulheres assassinadas por dia no Brasil, com trabalhos de prevenção, assistência, orientação, mas também de apuração e investigação dos crimes cometidos.