A senadora Tereza Cristina (PP-MS), uma das figuras mais sólidas do agronegócio e do conservadorismo no Congresso, voltou a ocupar o centro das articulações políticas nacionais.

Tereza Cristina surge como peça-chave e pode reforçar chapa de Flávio Bolsonaro em 2026

Cresce nos bastidores a pressão para que ela seja o nome indicado à vice-presidência na chapa de Flávio Bolsonaro, hoje tratado como o candidato natural da direita após sinalização direta do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O movimento empolga prefeitos, parlamentares e lideranças do setor produtivo, que enxergam em Tereza Cristina não apenas um reforço eleitoral, mas um ativo técnico raro no cenário político atual. A senadora é vista como diplomática, firme e de alta credibilidade entre empresários e investidores — atributos que dariam peso programático à campanha e ampliariam a confiança do mercado numa eventual gestão de direita.

Ex-ministra da Agricultura do governo Bolsonaro, Tereza construiu uma reputação de competência e pragmatismo. Sob sua gestão, o Brasil ampliou relações comerciais, abriu mercados estratégicos e consolidou sua imagem de potência agroambiental. No Senado, é descrita por colegas como “discreta por fora, estratégica por dentro”, exatamente a combinação que agrada ao núcleo político de Flávio Bolsonaro.

Aliados avaliam que sua entrada na chapa poderia neutralizar ataques da esquerda, que tenta desgastar o agronegócio e transformá-lo em inimigo político. Além disso, uma mulher técnica, respeitada e de histórico limpo daria contraponto ao discurso identitário do governo Lula, que tenta pautar a disputa por narrativas ideológicas.

Apesar da movimentação intensa, nem Flávio nem Tereza confirmam a composição. Ambos repetem o discurso de que “não é hora de discutir eleição”, enquanto a pressão de empresários do agro aumenta — muitos cobrando previsibilidade econômica e menos experimentalismo ideológico do governo federal.

O mapa da direita deve ganhar contornos mais definidos nos próximos meses. Caso Tereza Cristina aceite a missão, a chapa com Flávio Bolsonaro tende a se tornar uma das mais fortes da disputa: une popularidade, experiência administrativa e o peso político do agronegócio, setor que sustenta boa parte da economia brasileira e que rejeita amplamente o projeto lulista.