Homem de 36 anos, preso em flagrante na segunda-feira (4), suspeito de ter estuprado a ex-namorada de 25 anos, foi solto dois dias depois em audiência de custódia. O caso aconteceu na Cidade Universitária de Dourados, a 225 quilômetros da Capital, e o homem já cumpre pena no regime semiaberto pelo crime de roubo.

Conforme consta no processo, a audiência de custódia ocorreu na tarde de quarta-feira, às 13h15 e, segundo informado pela delegada responsável pela investigação ao site Dourados News, o suspeito teve liberdade concedida. O caso está com a Polícia Civil e deve ser encaminhado ao Judiciário ao fim do inquérito.

Relembre o caso

De acordo com a Polícia Civil, a estudante chegou em casa da aula e foi direto para o banheiro tomar banho. A mãe da vítima suspeitou e viu que, após sair do banho, a jovem foi lavar a calcinha. A mulher continuou estranhando as atitudes da filha e a vítima acabou falando para a mãe que uma amiga dela havia sido estuprada.

A mãe, desconfiada, foi até o cesto de roupas sujas e encontrou a calça da jovem, suja de sangue. A mulher questionou a filha, que acabou contando que o ex-namorado, de 36 anos, a havia estuprado perto da biblioteca da universidade. As duas procuraram a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) de Dourados, onde informaram os fatos.

Não há relato de como o suspeito foi preso, mas ele foi detido em flagrante. Ainda conforme a polícia, ele já tem passagens por furto, roubo, vias de fato e violência doméstica. Ele e a vítima tiveram um relacionamento em 2014, que teria terminado porque a família da jovem não aceitava o namoro.

Também de acordo com o boletim de ocorrência, a jovem tem problemas neurológicos e a mãe encaminhou laudos de exames para a polícia. O caso foi registrado às 15h40 como estupro e segue em investigação pela delegacia especializada.

Na manhã desta terça-feira alunos da universidade organizaram um protesto por melhorias no campus. Eles reclamam da falta de iluminação e obras inacabadas, que deixam os estudantes inseguros. Houve suspeita de que o autor do crime estaria prestando serviços na universidade, mas o fato foi desmentido pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).