O deputado sul-matogrossense é suspeito de fazer parte do núcleo político que integrava o esquema de corrupção que desviou dinheiro da Petrobras.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem, por unanimidade, tornar o deputado Vander Loubet (PT-MS) réu na Operação Lava Jato. O deputado sul-matogrossense é suspeito de fazer parte do núcleo político que integrava o esquema de corrupção que desviou dinheiro da Petrobras.
Outras duas pessoas suspeitas de envolvimento em esquema de corrupção que agia na BR Distribuidora também se tornaram réus. Pedro Paulo Leoni Ramos (ex-ministro do governo Collor) e Ademar Chagas (cunhado de Loubet). A denúncia contra os três novos réus da Lava Jato foi apresentada pela Procuradoria Geral da República, em dezembro de 2015.
De acordo com o STF, Vander Loubet - que exerce o quarto mandato consecutivo na Câmara - e Ademar Chagas cometeram os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva por envolvimento em desvios na subsidiária da Petrobras.
Com a decisão de ontem, cinco parlamentares são atualmente réus no STF na Lava Jato: os deputados Nelson Meurer (PP-PR) e Aníbal Gomes (PMDB-CE) e os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Gleisi Hoffmann (PT-PR).
O inquérito que apurou a suposta participação de Loubet no esquema de corrupção foi aberto em março de 2015. Segundo a acusação, foram encontrados indícios de que ele teria recebido propina repassada por Leoni Ramos em troca apoio político a dirigentes da estatal que fossem coniventes com o esquema de corrupção.
Para isso, Loubet teria utilizado um "esquema fraudulento de transferências de recursos" por meio de empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef em contratos com a Petrobras. A PGR afirma que o o grupo político do parlamentar petista recebeu cerca de R$ 1 milhão em propina entre 2012 e 2014. Segundo a PGR, ele teria dissimulado a origem dos valores pagando fornecedores de campanha eleitoral em 2012.
Na tribuna do plenário da Segunda Turma, o advogado João Marcelo Lima Pedrosa, responsável pela defesa de Vander Loubet, afirmou que o Ministério Público não apresentou provas de que o deputado do PT tenha recebido propina ou de que tenha tido relação com Leoni ramos e Alberto Youssef.
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