Simone defendeu a inclusão do nome do PDT para o Palácio do Planalto nas definições sobre nomes de consenso da terceira via.

Simone diz não descartar conversas com Ciro por chapa única
Tebet também teceu críticas a Bolsonaro e ao ex-presidente Lula. / Foto: Orlando Brito

A pré-candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB), em entrevista à Rede TV, nesta segunda-feira (25), afirmou que está disposta a conversar com o também pré-candidato, Ciro Gomes (PDT), para a o construção de uma chapa única para a terceira via.

Conforme o site Metrópoles, Simone poupou o pedetista das críticas e disse, que se "necessário", vai chamá-lo para as discussões que envolvem a criação  de nomes de consenso entre o eleitorado.

 “Não só é possível, como necessário. Acho Ciro Gomes um grande quadro, que tem a coragem de falar aquilo que pensa. Ele tem a grandeza de dizer e falar o que está em risco no Brasil. Ele explica e explica corretamente que PT e Bolsonaro são dois lados da mesma moedas e eles foram responsáveis por uma década perdida”, defendeu a parlamentar.

Em contrapartida, Tebet não poupou Lula e Bolsonaro das críticas. Para a emedebista, o liberal “testa a democracia”. “A democracia está sendo testada dia a dia pelo atual presidente da República, que estica essa corda, que instiga, provoca e fragiliza as instituições democráticas. Não é pouca coisa”, disse em alusão a Bolsonaro. Ao falar de Lula, o classificou como uma “incógnita”.

“Não sabemos que PT é esse e que Lula está vindo aí. É um Lula que acabou de sair de uma prisão, que se sente mártir de um processo político, que começa a radicalizar nas ideias. Que PT é esse e que Lula é esse que está vindo aí?”, indagou a senadora.

Sobre essa eventual chapa única da terceira via, a emedebista prometeu nomes “liberais na economia e progressistas na pauta de costumes”. “O que nos une é muito maior do que as nossas pequenas diferenças”, enfatizou.

“Esses partidos não estão unidos à toa. Há consciência e convicção de que a democracia brasileira merece nomes alternativos e alternativas viáveis. Segundo, há um consenso de que essa frente democrática tem uma responsabilidade muito grande com o Brasil: acabar com essa polarização ideológica, pacificar o Brasil e defender, acima de tudo, os valores das instituições democráticas”, prosseguiu a senadora.

Ainda conforme o Metrópoles, a senadora também foi questionada sobre a falta de consenso dentro do próprio partido sobre seu nome, e prometeu representar o “MDB raiz”. “Eu pertenço ao maior partido do Brasil, o partido que tem o maior número de prefeitos, vice-prefeitos, de vereadores e vereadoras, que tem mais de 2 milhões de filiados”, disse.

“O MDB que eu represento é aquele MDB raiz de Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Mario Covas. Hoje o MDB se reiventa. O MDB que era aquele gigante adormecido, resolveu acordar diante das dificuldades e dos problemas graves que o Brasil está passando. Não tenho dúvidas de que hoje não temos unanimidade do partido, mas que chegaremos na convenção com essa unanimidade”, completou.