Os senadores de Mato Grosso do SUl, Waldemir Moka e Simone Tebet, ambos do PMDB, vão usar a tribuna, nesta quarta-feira (11), para discursar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A votação, prevista para às 9 horas de Brasília, está atrasada, mas deve começar em instantes. 

Moka acredita em plenário cheio e expectativa “real” de aprovação do afastamento, mas não quis apostar um placar. O parlamentar será o 27º a usar a tribuna durante a discussão sobre o impeachemnt, o que deve ocorrer nas primeiras horas da tarde.

Para que Dilma seja afastada, são necessários os votos da maioria simples, ou seja, a metade mais um. A expectativa, no entanto, é que o impeachment tenha pelo menos 50 votos ‘sim’ dos 81 votantes.

“Dificilmente o plenário não terá a presença de pelo menos 80 senadores. A expectativa de aprovação é real”, disse Moka que, desde que o processo foi enviado ao Senado admite ser favorável à destituição. Sobre o fato de ser o primeiro a registrar a presença na sessão, o senador disse que é rotina comum antes de ir para o gabinete passar para registrar a presença no plenário.

A senadora Simone será a 15ª a falar, por volta do meio-dia de Mato Grosso do Sul. Reafirmando o que vem dizendo desde o envio do processo ao Senado, a parlamentar afirma Dilma não tem mais condição de continuar no comando do País. "O relatório está impecável e o processo está mais do que bem instruído. Não tenho dúvida, se a pedalada foi grande ou pequena, ela perdeu qualquer capacidade de governar, não tem como colocar o País nos trilhos permanecendo com a maquinista". Simone aposta em pelo menos 54 votos a favor. 

A movimentação no Senado já é grande para votação, com a presença do relator da Comissão do Impeachment, Antônio Anastasia (PSDB-MG), e Ana Amélia (PP-RS), que será a primeira a falar.

Nesta fase, será analisada a admissibilidade do processo, se aceito, pela maioria simples, a presidente será afastada por 180 dias e o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), assume. Durante o período, o processo começa de fato, com a fase de apuração e comprovação da irregularidade em que Dilma é enquadrada – as pedaladas fiscais – e defesa da presidente.

Se no fim dos trabalhos, caso Dilma seja inocentada ela retorna à Presidência, se for comprovada a culpa, ela deixa o comando do País definitivamente. Temer, então, se torna presidente definitivo até 31 de dezembro de 2018.