O deputado federal Geraldo Resende (PMDB) teve uma boa conversa com o senador Waldemir Moka (PMDB) durante reunião no PMDB, na quarta-feira (27). O deputado pediu conselho ao senador e foi orientado a sair do muro.

 Geraldo quer ser prefeito em Dourados, mas com apoio do ex-governador André Puccinelli (PMDB) e do atual, Reinaldo Azambuja (PSDB), o que o senador Moka acredita que será muito difícil.

“Você tem que tomar cuidado com a posição do André. Tem que ter o apoio do Azambuja, mas sem ganhar a oposição do Puccinelli. Você é candidato do PMDB. Agora, se o governo quiser te apoiar, tudo bem”, orientou Moka.

O deputado tem conversado bastante com Azambuja, o que levantou até boatos de que ele se candidataria a prefeito pelo PSDB. Ele negou, mas não esconde que tenta apoio de Azambuja para a prefeitura.

Reinaldo tem como entrave no PSDB o rival, ex-deputado Marçal Filho, que deixou o PMDB e se filiou ao PSDB. Os dois sempre foram rivais no PMDB e Marçal saiu do partido justamente para ser o candidato. Agora, Geraldo tenta convencer Azambuja a apoiá-lo, criando nova briga com Marçal.

Diante do impasse, Moka aconselhou Geraldo Resende a tomar uma decisão rápida e antes do início do processo eleitoral. “A pior coisa é ter que decidir se vai ficar com o Reinaldo ou com o André lá no meio da eleição”, concluiu.

Dificilmente Geraldo terá o apoio de Puccinelli e de Azambuja. A situação é difícil porque Puccinelli não esconde de ninguém o desejo de se candidatar ao governo novamente e, como Dourados é o segundo maior colégio eleitoral do Estado, é de extrema importância para um pré-candidato ao governo. Neste sentido, dividir o bolo com Reinaldo, que já está com o governo, não seria tão interessante para Puccinelli, que teria lucro apenas com uma vitória de seu candidato sobre o governo.