A liminar vetando a internação de pacientes por mais de 24 horas nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e impõe multa de R$ 5 mil por dia (com limite de 60 dias), em caso de descumprimento, não foi suficiente para evitar que a situação continue a se repetir em Campo Grande. Desde o início da semana, dois pacientes que estavam internados há mais de um dia nas unidades Leblon e Vila Almeida, com suspeitas de H1N1, morreram, comprovando que a prática continua.

Questionada sobre a permanência dos pacientes com suspeita de gripe A nas UPAs, a assessoria de comunicação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) defende que não existe um hospital de referência para tratar pacientes com suspeitas do vírus e que eles são mantidos nas unidades de pronto atendimento e CRSs (Centros Regionais de Saúde) enquanto não há confirmação da doença.

Além disso, a Sesau assegura que não há risco de contágio, pois os casos suspeitos são mantidos separados por biombos hospitalares.

Em relação aos profissionais de saúde, que lidam diretamente com os pacientes, a assessoria de comunicação diz que os servidores são treinados e equipados com máscaras, luvas, jalecos, óculos, e toucas de proteção e que o protocolo de atendimento elaborado é respeitado.

A assessoria de comunicação do Ministério da Saúde confirma que não existe unidade de referência para atendimento, no entanto, frisa que cada hospital deve seguir logística de atendimento e que os pacientes com suspeitas de H1N1 devem procurar atendimento direto em um hospital público.

De acordo com o protocolo de Tratamento de Influenza, elaborado pelo Ministério da Saúde em 2015, o paciente deve ser mantido "preferencialmente em quarto privativo" e que quando em enfermaria é preciso respeitar a distância mínima de um metro entre os leitos durante o tratamento. A assessoria de comunicação da Sesau garante que o protocolo tem sido seguido.