Governador eleito fez campanha para o Bolsonaro durante o pleito deste ano.

Riedel diz que irá trabalhar diretamente com Lula por projetos para o Mato Grosso do Sul
Eduardo Riedel governará com Lula por avanços de projetos para o MS. / Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

Durante a campanha eleitoral do pleito deste ano, o candidato eleito a governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, do PSDB, abraçou a campanha de Jair Bolsonaro, do PL, e chegou a negar palanque a Lula, do PT. 

Porém, após o resultado das urnas que mostrou a vitória democrática de Luiz Inácio Lula da Silva e Bolsonaro não conseguir a reeleição, o futuro governador deixou o discurso eleitoral de lado e disse que fará um governo junto com o presidente eleito.

Apesar do apoio de campanha ao oponente do petista, Riedel disse ao Correio do Estado que de maneira muito tranquila e institucional, o Mato Grosso do Sul e o Brasil irão se realicionar em torno dos projetos do Estado, deixando qualquer ato de campanha eleitoral para trás.

'Existe uma disusão em relação ao pacto federativo, ao papel de cada ente em várias das políticas públicas. Nós temos uma série de projetos estruturantes, o governo Lula está sendo estruturado também numa transição ampla em relação às ações, e nós vamos trabalhar diretamente com o Presidente, com os Ministérios, com o Governo Federal pelos interesses do MS.'

Riedel falou sobre a responsabilidade de conduzir o diálogo em torno dos objetivos do Estado e da sociedade sul-mato-grossense, e disse que qualquer postulante que assumisse o Governo, as tratativas não seriam diferentes.

'Encaro com muita naturalidade. Teremos todas as tratativas necessárias para o bom andamento do MS e contribuir com o Brasil. É importante que a gente tenha essa visão', conclui o tucano sobre o futuro da relação do Governo do Estado com o Governo Federal.  

Aproximação
No dia 9 de novembro, Eduardo Riedel participou de uma reunião realizada em Brasília, com a senadora Simone Tebet, do MDB, e com o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, do PSDB, onde foi tratado o destino das verbas para o Estado diante do orçamento previsto para 2023.

Tebet, que no segundo turno declarou apoio ao Lula e participou ativamente na campanha, também apoiou a candidatura do Riedel. A ex-ministra do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, senadora eleita Tereza Cristina, do PP, foi braço direito do tucano durante a corrida eleitoral. A progressista disse ao Correio do Estado que fará oposição a Lula no Senado.

A reunião dos sul-mato-grossenses sinaliza a aproximação do MS com a bancada federal.