Governador destaca que as tratativas sobre as taxações das exportações são feitas pelo Governo Federal

Apesar de Mato Grosso do Sul ter dois dos três produtos de maior exportação livres das taxas dos Estados Unidos, o líder do mercado segue na lista de taxação: a carne. Assim, o governador Eduardo Riedel (PSDB) apontou a carne como produto mais sensível no tarifaço de Donald Trump, presidente dos EUA. “Hoje talvez seja o produto mais sensível”, disse nesta quinta-feira (31).
“É o dobro da celulose, mas quatro vezes mais do que a ferro-gusa. Então, é muito relevante”, disse sobre a exportação da carne.
Riedel afirmou ainda que há esperança de estruturação do mercado ao longo prazo. “Para as indústrias que trabalham com carne bovina e exportam esses 142 milhões de dólares, faz uma diferença gigantesca. E de novo, quando a gente vai lá, não é para esse momento, é estruturar o mercado no longo prazo. Para não ficar na dependência maior ou menor de um mercado”, explicou durante coletiva.
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Tratativas
Neste sentido, Riedel lembrou que as tratativas são feitas em âmbito federal. Contudo, apontou que o Estado mantém diálogo com o setor.
“Nós vamos trabalhar apoiando as iniciativas que permitiram essa situação, se ela permanecer, porque está em discussão. O Governo Federal tem buscado a tratativa, esse ponto”.
Além disso, ressaltou que os senadores estão voltando das reuniões com informações. “Então, nós estamos acompanhando par e passo, e o que tiver ao nosso alcance, não nos comparece essa negociação com o governo americano, não é esse é o foco e nem conseguiríamos isso. É uma prerrogativa do Governo Federal”, destacou.
“No que a gente puder apoiar as empresas daqui a mitigar essa situação, nós iremos fazer, e por isso a conversa é direta com a Federação das Indústrias e com o sindicato”, finalizou Riedel.
Taxação afeta exportação de 172 milhões de dólares de carne
Principal setor afetado pelas taxas, o da carne bovina de Mato Grosso do Sul exportou 172 milhões de dólares aos Estados Unidos no primeiro semestre do ano. As exportações ao país estão suspensas e o produto é destinado a outros países.
Presidente da associação dos frigoríficos de MS, Regis Comarella afirma que está direcionando um pouco da carne para o mercado interno e o resto no mercado externo, que é a Ásia, Chile, México.
“A gente está procurando os mercados, na expectativa do Japão também que está para abrir. Acho que é um pouquinho mais demorado porque vai ter que ter auditoria nas plantas, mas é um mercado que está sentindo bastante”, disse.
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