Ficará em R$ 22 milhões o valor do recapeamento das avenidas Bandeirantes, Marechal Deodoro e ruas Brilhante e Guia Lopes em Campo Grande, que será executada pelo Exército Brasileiro. O valor foi anunciado pelo prefeito Alcides Bernal (PP) durante solenidade de entrega do Colaborador Emérito do Exército na noite desta terça-feira (19) no CMO (Comando Militar do Oeste).

“Se o Exército Brasileiro executar essa obra nós vamos ter qualidade e vamos aproveitar para ter supervisão e fiscalização do próprio Exército, aí não tem roubalheira nem serviço mal feito”, disse Bernal sobre os quase 13 quilômetros de vias que serão recapeados com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

De acordo com o general e comandante do CMO, Paulo Humberto César de Oliveira, o plano de trabalho com a prefeitura foi fechado na semana passada e encaminhado para Brasília para uma última análise. “Acreditamos que ainda essa semana, no máximo na semana que vem, Brasília e a Prefeitura já devem estar em condições para assinarmos o convênio.”

 “Temos engenheiros, mestres de obras, operadores das principais máquinas, mas temos nossas limitações por causa da quantidade de soldados, devido a isso, é preciso a contratação de empresas auxiliares. Nosso batalhão de construção é sediado em Cuiabá (MT), os homens são todos de Cuiabá. O valor do deslocamento do batalhão e maquinário estão inclusos no valor do convênio”, disse o general.

“Passo na rua contando buracos. Minha filha de 16 anos diz que eu só falo em buraco e mosquitos”, brincou o progressista, que criticou a situação ‘esburacadas’ das ruas da Capital em janeiro deste ano quando anunciou a parceria com o Exército.

Repúdio de sindicatos

Após o anúncio, o Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande), bem como o Sinticop/MS (Sindicato dos Trabalhadores na Industria da Construção Pesada e Afins de Mato Grosso do Sul), emitiram nota de repúdio ao prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), devido ao contrato com o Exército.

“Prejudica a geração de emprego e renda para dezenas de trabalhadores. Isso é um absurdo! Precisamos gerar emprego e renda em nossa cidade, ainda mais nesse período de crise nacional”, disse na época o presidente da Sintracom, José Abelha Neto.