O governo do Estado não deve apresentar nova proposta de abono salarial aos servidores além da que já foi feita na semana passada no valor de R$ 200. De acordo com o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), o Executivo “está aberto à proposta”. Em relação à ameaça de greve geral, ele diz não temer, porém ressalta que os grevistas têm que estar cientes de suas responsabilidades.
“Já foi apresentada uma proposta de R$ 200 reais. Estamos abertos a discussões”, disse emendando não ter receio quanto à possibilidade de paralisação dos serviços. “Não. É um direito do servidor. Agora quem faz greve deve também saber de sua responsabilidade”, concluiu. Na última sexta-feira (1°) os sindicatos correspondentes aos 40 mil funcionários do governo rejeitaram a proposta e no próxima dia 9 devem decidir sobre greve geral.
A terceira rodada de negociação salarial 2016 está agendada para o dia 11 desta mês. O Fórum dos Servidores do Estado adiantou, que se paralisação for decidida deverá ocorrer por tempo indeterminado. A reunião do dia 9, acontecerá na sede da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública).
Durante a reunião policiais militares e bombeiros foram unânimes não aceitar a oferta salarial. A contraproposta é de aumento linear de 11,36% para todos os postos e graduações, além do abono de R$ 300. Assim, o salário de um soldado em início de carreira seria de pouco mais de R$ 3,7 mil, o que, se comparado ao vencimento atual, representaria um aumento de R$ 17,4%.O percentual é o mesmo dado aos professores no início do ano.
LRF - Durante fala na entrega das contas de 2015 ao TCE (Tribunal de Contas do Estado), Azambuja explicou que está no limite prudencial da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), fato que também seria um motivo para não oferecer valor mais alto ao quadro de trabalhadores. “Muitas vezes as pessoas não entendem porque que o governo está propondo abono, então nós temos essa responsabilidade, estamos no limite prudencial”, explicou.
O tucano disse, ainda, que não houve crescimento diante da crise financeira no Brasil. “Se olharmos a receita de 2015 em comparativo a 2014 temos cremento 2,37% perante inflação de 10%. Não tivemos crescimento real e as despesas do governo crescem ano a ano naturalmente”.
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