Com a estratégia, ex-assessor de Flávio Bolsonaro evitaria possíveis contradições que poderiam surgir em um depoimento presencial

Queiroz deve prestar depoimento por escrito ao Ministério Público
Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) 26/12/2018 / Foto: Reprodução/SBT

A defesa de FabrícioQueiroz , ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), quer que ele apresente por escrito as explicações ao Ministério Público do Rio (MP-RJ). Com a estratégia, o ex-motorista evitaria responder aos questionamentos que seriam feitos por promotores, afastando-se de possíveis contradições que poderiam surgir em um depoimento presencial.

O ex-assessor já foi convidado duas vezes a depor, mas faltou, alegando razões de saúde — ele passou por uma cirurgia para extrair um câncer.

 

Em entrevista ao SBT, Queiroz justificou a movimentação financeira dizendo que comprava e revendia carros , mas a explicação não será apresentada formalmente na investigação. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) considerou “atípico” o fluxo de R$ 1,2 milhão em pouco mais de um ano, que seria incompatível com a renda dele. O colunista Lauro Jardim, do GLOBO, revelou que o ex-assessor movimentou R$ 7 milhões em sua conta em três anos.

A mulher e as filhas de Queiroz, que trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro e fizeram repasses ao ex-assessor, também devem apresentar as justificativas por escrito. O MP-RJ considera que não há prejuízos para a investigação em ouvi-los desta forma.

A apuração está suspensa por decisão liminar do STF, mas deverá ser retomada após o fim do recesso do Judiciário, na sexta. A tendência é que o relator do caso, ministro Marco Aurélio, mantenha a investigação com o MP-RJ.