Não existe perspectiva do preço do feijão diminuir em médio prazo. Mais uma vez, a culpa é do clima. O último levantamento feito pelo Ibrafe - Instituto Brasileiro de Feijão - em Rio Verde (MT), Primavera do Leste (MT), Sorriso (MT), em vários municípios de Minas Gerais e no Distrito Federal mostra que os produtores que estão colhendo milho não semearão o feijão por falta de água nos reservatórios que bombeiam as irrigações. Também temem a mosca branca que é o transmissor da doença denominada "mosaico dourado", a mais perniciosa para o feijão em períodos de seca.

O preço do feijão tipo carioquinha subiu 89% no ano e a próxima safra terá um decréscimo de, aproximadamente, 23% no plantio. Ressalte-se que o feijão tem três safras. Na primeira, houve uma queda de 9% na produção. A segunda safra teve uma diminuição ainda mais importante - ultrapassando 19%. A esperança de menores preços fica postergada para o fim do ano ou para janeiro de 2017. A única boa notícia do setor vem do Paraná. O Iapar - Instituto Agronômico do Paraná - lançou uma nova cultivar de feijão resistente ao mosaico dourado.