Detetive particular foi morta com um tiro na cabeça a mando do marido.

Quatro são denunciados por emboscada e execução de mulher em cidade de MS

Foram denunciados pelo MPMS  (Ministério Público Estadual) nesta quinta-feira (8), os quatro acusados pelo assassinato da detetive particular Zuleide Lourdes Teles da Rocha, morta aos 57 anos com um tiro na cabeça, no dia 19 de junho, no bairro Vival dos Ipês, em Dourados a 225 quilômetros de Campo Grande.

Os acusados foram denunciados pelos crimes de homicídio. Givaldo Ferreira dos Santos, marido da detetive teria encomendado o crime, já Willian Ferreira dos Santos, filho dele teria dado apoio ao esquema, e José Olímpio de Melo Júnior, foi apontado como autor do disparo, já Sueli da Silva, a mãe de santo foi a isca que atraiu Zuleide se passando por cliente. 

Na denúncia consta que os acusados, “Givaldo Ferreira dos Santos, Willian Ferreira dos Santos, José Olímpio de Melo Júnior e Sueli da Silva praticaram o crime por motivo torpe, relacionadas a ganância de beneficiar-se economicamente com a morte da vítima, já que Givaldo pretendia apossar-se dos bens que estavam em nome da vítima”. “Com isso, os denunciados Willian, José Olímpio e Sueli visavam obter ganhos financeiros decorrentes da apropriação pelo denunciado Givaldo do patrimônio amealhado com a vítima”, disse a denúncia.

No dia do assassinato, o marido da vítima disse que a esposa foi atender uma cliente, a qual teria feito contato no dia anterior. Esta suposta mulher queria contratar serviço de investigação particular.

Já durante a tarde Zuleide, conforme o detetive, juntamente com seu sobrinho-neto de 7 anos, se deslocou para a casa da suposta cliente, no bairro Vival dos Ipês. Ele não sabe, no entanto, qual seria o endereço.

Ainda no período da tarde, o detetive disse que estava no município de Itaporã, quando recebeu ligação de um homem informando que estava com seu sobrinho-neto.

Diante da situação, o detetive questionou o que teria acontecido, onde o homem veio a dizer que não sabia, que o menino estava bem e esperando por ele. Imediatamente o detetive disse que veio a Dourados.

Consta no boletim de ocorrência que a criança falou que teria saído com a tia (Zuleide), e que ao chegar em frente da casa da cliente, foram abordados por dois homens. Um deles estava armado e fizeram com que o menino entrasse na Montana.

A Criança ficou com um dos homens no carro e o outro arrastou Zuleide para um matagal na região do Vival dos Ipês. Após algum tempo, o garoto disse que ouviu um "estampido", parecendo disparo de arma de fogo.

Em seguida, a criança narrou que a dupla o deixou próximo a um contêiner de uma empresa. O caso é investigado como "homicídio qualificado pela traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido".