Cerca de 34 mandados são cumpridos em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

Quadrilha de MS com empresas de fachada movimentou mais de R$ 295 milhões
Cerca de 34 mandados são cumpridos em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul / Foto: (Divulgação)

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3), a Operação Efatá, para desarticulação de esquema criminoso milionário voltado à lavagem de dinheiro oriundo dos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa. Pessoas e empresas de Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul, são alvos da operação. 

As ordens foram expedidas pelo Núcleo de Justiça do Juiz de Garantias de Cuiabá. Os mandados são cumpridos em Mato Grosso, nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Água Boa, Sinop, Primavera do Leste, e em Mato Grosso do Sul.

A investigação identificou movimentações bancárias superiores a R$ 295 milhões, realizadas por meio de empresas de fachada, em nome de laranjas e de pessoas jurídicas ligadas diretamente ao núcleo criminoso. 


 

São cumpridos, na operação, 34 mandados de busca e apreensão domiciliar, 40 medidas cautelares diversas de prisão, 40 bloqueios de contas bancárias de pessoas físicas, 19 bloqueios de contas bancárias de pessoas jurídicas, até o valor de R$ 41,2 milhões, e o sequestro de imóveis e 15 veículos automotores. 

Segundo o delegado da Denarc, André Rigonato, responsável pelas investigações, as medidas visam não apenas à responsabilização penal dos envolvidos, mas também à descapitalização da organização criminosa.

“O objetivo é interromper o fluxo financeiro da facção criminosa e ampliar o alcance das ações repressivas contra o crime organizado em Mato Grosso”, disse o delegado.

Parte dos recursos era fracionada em pequenas quantias e transitava entre contas de pessoas físicas e jurídicas, com o objetivo de ocultar e dissimular a real origem do dinheiro. Apenas um dos investigados movimentou, entre créditos e débitos, a quantia de R$ 295.087.462,24, conforme demonstrado em levantamento técnico. 

A investigação contou com a atuação estratégica do Núcleo de Inteligência e do Laboratório de Lavagem de Capitais da Polícia Civil, que reuniram provas robustas das atividades ilícitas e da estrutura financeira do grupo ligado à facção criminosa. Durante o período da investigação, foram presos em flagrante vários investigados pelo crime de tráfico de drogas.