Bebê do sexo masculino media 50 cm e pesava 3,7 kg.

Psicologa dá entrada em hospital com bebê morto dentro de mala em Campinas
Bebê do sexo masculino media 50 cm e pesava 3,7 kg. / Foto: Tiago Américo/EPTV

A psicóloga de 31 anos, que deu entrada na terça-feira (5) em um hospital privado de Campinas, em São Paulo, com um recém-nascido morto em uma mala, passará por exames psicológicos, antes de ser presa. Ela está na UTI e será presa assim que deixar o hospital.

De acordo a PM, foi constatado que o bebê do sexo masculino, com 3,7 kg e 50 cm, "apresentava sinais evidentes de morte e rigidez", que indicavam o óbito superior a um dia. A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) informou que o caso foi registrado como aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento e ocultação de cadáver.

De acordo com o delegado que acompanha o caso, o namorado da psicóloga tinha ciência da gravidez.

O advogado Ralph Tórtima Filho, que assumiu a defesa da mulher, disse, em nota enviada nesta quarta-feira, que a gravidez foi "esperada e desejada", com todo o acompanhamento médico, mas que infelizmente a criança faleceu.

"Qualquer atitude sua, sob provável psicose puerperal, merece compreensão e acolhimento. Trata-se de situação que causa em seus estados mais agudos inclusive a ruptura com a realidade. Estamos certos de que o judiciário será sensível a isso, revogando essa injustificável prisão", diz a nota da defesa.


De acordo com um policial militar, a mulher contou que teria escondido a gravidez dos pais e alegou ter sofrido um aborto espontâneo - inicialmente, a informação era de que teria sido no sábado (2), mas o parto, segundo a Polícia Civil, ocorreu na casa da gestante, entre quinta (30) e sexta (1).

Moradora de Itu (SP), a psicóloga teria dito ainda que logo após "o aborto espontâneo", colocou o bebê em uma mala e o escondeu em uma estante.

Ela compareceu ao hospital na terça, com os pais, para pedir ajuda. A Polícia Militar foi acionada ao local e a acompanha no quarto.

O Hospital São Luiz, onde a psicóloga está sendo atendida, não irá se posicionar sobre o caso.