Presos têm visitas íntimas suspensas após rebelião por mais frituras
Colchões, lençóis, garrafas pets e toalhas foram queimados por detentos. / Foto: Centro de Ressocialização Cone Sul/Divulgação

A direção do Centro de Ressocialização Cone Sul em Vilhena (RO), a cerca de 700 quilômetros de Porto Velho, suspendeu as visitas íntimas e de familiares para 25 presos que iniciaram uma rebelião no último domingo (4) após não aceitarem a carne ao molho servida na unidade. As visitas estavam previstas para acontecer nesta sexta-feira (9) e sábado (10). De acordo com a administração, a medida foi tomada como forma de punição aos danos causados, já que o grupo ateou fogo em colchões, lençóis, garrafas pets e toalhas no corredor prisional.

De acordo com a Polícia Civil, o motim começou quando 220 presos da unidade recusaram a marmita servida no jantar. Segundo o diretor do presídio, Paulo Ferreira, os detentos reclamavam da forma como a carne estava sendo feita. "Quando recusaram, chamamos para uma conversa e firmamos um acordo de chamar a nutricionista, mas mesmo assim um grupo decidiu fazer bagunça quando retornaram para as celas. Eles atearam fogo nos próprios colchões", explica o diretor. O fogo no corredor foi controlado pelos agentes penitenciários.

A direção do presídio alega que seis homens foram identificados como líderes do motim no Centro de Ressocialização. O grupo teria incentivado a participação dos demais. Um dos idealizadores da ação foi levado para uma cela individual. Ainda segundo a direção, a visita dos 25 presos envolvidos será suspensa apenas esta semana. No dia 16 e 17 de janeiro, os familiares poderão visitar normalmente a unidade.

Na terça-feira (6), seis detentos da unidade se reuniram com a nutricionista responsável por servir as marmitas no presídio. Do cardápio atual, os presos pediram a substituição de estrogonofe de carne, nhoque, panquecas, carne moída e creme de milho. "Eles queriam mais carne frita, mas isso nós não podemos atender totalmente, visto que gordura demais não é bom para a saúde. Uma das ideias dadas por eles foi inserir torresmo. Isto não tem problema", relata Lucineia Kosloski ao G1. Ela informou ainda que um novo cronograma de refeições deve ser apresentado para a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus).