O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL) fez reunião com a mesa diretora da Casa esta semana para discutir suspensão do auxílio-moradia do senador Delcídio do Amaral (PT), preso sob acusação de tentar obstruir investigação da Operação Lava Jato em novembro do ano passado. A direção, porém, se posicionou contrária alegando que o petista não sofreu cassação de mandato para tal atitude.

De acordo com informações do Jornal do Brasil, a estrutura de Delcídio continua intacta no 25° andar do Senado. Em dezembro os R$ 5.500 respectivo ao benefício foi depositado normalmente, além do salário bruto de R$ 33,7 mil, conforme portal da transparência.

 A situação do senador está sendo analisada pela Conselho de Ética da Casa para avaliar se houve ou não quebra de decoro parlamentar, fato que pode acarretar na cassação de mandato. A defesa será entregue após o período de carnaval. A partir da data o presidente da apuração, João Alberto Souza (PMDB/MA), terá cinco dias para analisar as argumentações.

Na última quarta-feira (3) os advogados do petista entraram com pedido de anulação da gravação que o levou à prisão, sob argumentação de que tudo seria armação do filho do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró e de que não havia ordem judicial para agir de tal forma.

No mesmo dia em que foi encarcerado o Senado decidiu por maioria de votos dar manutenção à prisão. Os advogados do petista dizem que a intenção jamais foi obstruir a Operação Lava Jato e que Bernardo agiu como 'agente infiltrado' ao gravar conversa entre eles sem autorização judicial.