O prefeito de Bonito, Leonel Lemos de Souza Brito (PT do B), não descartou contaminação após denúncia de 'mancha' visto no Rio Formoso, em Bonito. Mas, atribuiu o caso a momentos de intenso fluxo de turistas e ao período de chuvas. 

Moradores da cidade, que vivem do turismo, denunciaram por meio de fotos e mensagens em páginas do Facebook “esgoto e lixo a céu aberto”. Para a equipe de reportagem do Jornal Midiamax, o prefeito disse que as “acusações são inverídicas. Normalmente não existe essa contaminação, o que existe eventualmente, em função de alguns fatores, como excesso de chuva, é que pode ocorrer das pessoas colocarem lixo na rua, o lixo fica em cima do asfalto, corre para bocas de lobo, entra na galeria e vai rio abaixo”, cita.

Ele não descartou. “Aconteceu em janeiro durante o maior índice pluviométrico dos últimos 40 anos. Águas das estradas, da cidade, de toda microbacia correram para o Formosa”, disse.

Quanto à denúncia do descaso no ‘lixão’, de animais como urubus no lixão, o prefeito disse que aconteceu no início do ano. “Aquelas imagens são de dezembro, janeiro, fevereiro, foi quando ficamos impossibilitados de fazer tratamento”, destaca.

Segundo ‘Leleco’, o chorume e o esgoto da cidade não escorre para as águas do rio. “Nós fazemos monitoramento das águas, com coleta periodicamente. Apenas em questão ambiental, já investimos R$ 2 milhões, fazendo ação de conservação de água e solo”, pontua. O prefeito disse que 95% da cidade tem coleta de esgoto.

O aterro controlado, segundo ele, é coordenado por uma associação, que faz coleta de recicláveis no local. Em 2010, o MPE (Ministério Público Estadual) entrou com ação civil pública em meio inquérito civil sobre a poluição causada pelo lixão de Bonito. Na época foram feitas vistorias que comprovaram a falta de licenciamento ambiental, depósito a céu aberto ao invés de enterrados, e catadores sem equipamentos específicos. De acordo com o prefeito, o aterro foi um acordo judicial firmado em 2010.