O prefeito de Pedro Juan Caballero, José Carlos Acevedo, questionou a corrupção dentro das agências de segurança e chamou Hugo Díaz, chefe do Departamento de Investigação Criminal da Polícia de Amambay, de "um grande colecionador".

Prefeito da PJC/Paraguai, chama chefe de polícia de Amambay de colecionador
O prefeito de Pedro Juan Caballero questionou a corrupção dentro das agências de segurança. / Foto: Reprodução

O prefeito de Pedro Juan Caballero, José Carlos Acevedo, falou sobre a situação que vivem naquela área do país e a forma como chefes de polícia sênior cobram dinheiro do tráfico de drogas.
 
A este respeito, ele chamou o Comissário Hugo Díaz, chefe do Departamento de Investigação Criminal da Polícia de Amambay, de "um grande colecionador".

"Todo mundo aqui conhece o bandido do Comissário Hugo Diaz. Aqui a operação é dinheiro, parece que Díaz é um colecionador muito bom", disse ele, lamentando a falta de presença das autoridades estaduais no combate ao crime organizado.

"Há muita insegurança aqui, todo mundo é vendido; Arnaldo Giuzzio (Ministro do Interior) nunca veio aqui, não faz nada, oñe'êmbarei", questionou em contato com o Monumental 1080 AM. Nesse sentido, ele pediu uma solução para a corrupção que existe dentro da Polícia.

"Os narcos estão andando, mataram minha sobrinha e o governo não faz nada", repreendeu. Sua sobrinha Haylee Carolina Acevedo Yunis, filha do governador de Amambay Ronald Acevedo, foi morta, juntamente com outros, durante um ataque na cidade. As vítimas saíram de uma festa de aniversário a bordo de uma van quando foram alvejados.

O chefe da comunidade disse que há quatro promotores que estão investigando o caso, mas a polícia não passa dados que ajudarão na investigação.

"O assassino da minha sobrinha tem o nome de uma fruta e está envolvido em várias causas, mas ninguém faz nada. Se eles querem me mandar preso para dizer a verdade, deixe-os fazer isso", disse ele e questionou a falta de ações do presidente da República, Mario Abdo Benítez. "Quero dizer ao presidente que Pedro Juan é o Paraguai, o país não termina na Calle Último", disse.

Por sua vez, o comissário Hugo Díaz chegou ao passo das acusações contra ele e afirmou que se dedica a realizar seu trabalho à frente do Departamento de Investigação Criminal.

"Não sei por que o prefeito pensa assim (colecionador), eu faço meu trabalho, tudo está documentado. Esclarecemos vários homicídios, tiramos seis assassinos de circulação", explicou à mesma emissora de rádio e garantiu que está disposto a passar por uma auditoria de seus bens.

"Se eu fizer meu trabalho porque alguém diz, eu não vou ser um profissional. Não posso ser guiado por fofocas. Sou guiado por coisas concretas", disse Diaz.