Adriane Lopes disse ainda que é contra atos de vandalismo.

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), disse que o Município está acompanhando as manifestações antidemocráticas e avaliando quais os posicionamentos a serem tomados.
A chefe do Executivo Municipal afirmou que está em conversa com o governador Eduardo Riedel (PSDB) e que reunião em Brasília irá definir medidas a serem tomadas.
"Nosso alinhamento depende também do posicionamento do governo do Estado, porque o município não tem poder de polícia", disse.
A prefeita se refere à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou o prazo de 24 horas para o desmonte de todos os acampamentos nas imediações de unidades militares.
Em Campo Grande, até às 11h desta segunda-feira (9), o acampamento continua em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), mas com poucos manifestantes.
Na tarde de ontem, o movimento voltou a crescer no local, em apoio aos atos de vândalos em Brasília, mas, até o momento, não foram montadas novas barracas.
Com relação aos atos de vandalismo ocorridos em Brasília, onde milhares de pessoas que são contra o resultado das eleições invadiram e depredaram prédios do Congresso, Planalto e STF, a prefeita se posicionou contra.
"Eu sou totalmente contra esse vandalismo que aconteceu. Acho que as manifestações pacíficas e ordeiras elas são, aceitáveis não, mas nós concordamos com as manifestações, respeitamos o posicionamento mas a partir do momento que avança como aconteceu ontem, é lastimável", disse.
Vandalismo
Manifestantes entraram na Esplanada dos Ministérios na tarde de domingo (8) e invadiram áreas do Congresso, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal).
Os descontentes com o resultado das eleições também vandalizaram os prédios e entraram em confronto com a Polícia Militar.
A ação ocorre uma semana após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os manifestantes saíram do acampamento diante do Quartel-General do Exército, chegaram à Esplanada e se concentraram inicialmente em frente ao Ministério da Justiça.
Depois, uma parte invadiu a parte superior e a área interna do Congresso.
Os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confronto. Em seguida, se dirigiram ao Palácio do Planalto, onde entraram em uma parte do complexo e perduraram bandeira do Brasil em uma janela.
Os apoiadores se dirigiram depois ao STF, onde alcançaram uma área restrita de segurança.
O presidente Lula não está em Brasília neste final de semana -viajou para São Paulo e visitava Araraquara, no interior paulista, para acompanhar vítimas das chuvas.
Em pronunciamento durante à tarde, o presidente decretou a intervenção federal na área de segurança do Distrito Federal até o fim de janeiro.
Lula afirmou que todos os manifestantes que invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes serão encontrados e punidos.
Lula disse que os manifestantes poderiam ser chamados de nazistas e fascistas e disse que a esquerda nunca protagonizou um episódio similar a este no Brasil.
"Eles vão perceber que a democracia garante direito de liberdade, livre expressão, mas ela também exige que as pessoas respeitem as instituições que foram criadas para fortalecer a democracia".
Os responsáveis poderão ser punidos na Justiça com base na Lei Antiterrorismo, legislação que os próprios bolsonaristas tentaram endurecer visando punir manifestantes de esquerda.
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