A reportagem do Dourados News visitou o local na manhã desta terça-feira (14) e encontrou os portões da unidade abertos.
‘Fechado’ desde o início do ano passado, o Centro Homeopático de Dourados, fixado há 18 anos na esquina das ruas Monte Castelo e São Francisco, está servindo de abrigo para moradores de rua e usuários de droga. A estrutura também sofreu ações de vandalismos. As janelas laterais e banheiros na área interna estão completamente destruídos.
A reportagem do Dourados News visitou o local na manhã desta terça-feira (14) e encontrou os portões da unidade abertos. Ao entrar, logo é possível sentir o forte cheiro de urina e fezes que exala dos banheiros sujos.
Já dentro, encontramos roupas, bitucas de cigarro e substâncias em latas queimadas. A situação mais crítica se concentra nos banheiros mesmo com lixo espalhado por todos os cômodos.
SOBRE O CENTRO
Fundado em 2012, o local chegou a atender cerca de 60 pacientes por dia com um sistema contendo 12 mil usuários cadastrados. No ano passado a reportagem do Dourados Newsnoticiou o fechamento definitivo da unidade de saúde, que pegou muitos douradenses de surpresa.
Na época, a prefeitura garantiu que iria manter o atendimento homeopático no PAI (Policlínica de Atendimento Infantil) e também na Clínica de Atendimento à Mulher (CAM). Ainda segundo o posicionamento, o Centro Homeopático daria lugar para um instituto de especialidades para idosos.
PROMESSA DE REFORMA
Já em 04 de janeiro deste ano, uma emenda parlamentar de R$ 400.214,00 foi viabilizada para que o município pudesse executar a obra de reforma do prédio.
Cerca de 20 dias depois a prefeita Délia Razuk assinou o convênio junto a Caixa Econômica a fim de colocar em ação a revitalização do Centro Homeopático, porém, sete meses depois, não há se quer um saco de cimento no local.
OUTRO LADO
O Dourados News procurou contato com o secretário de saúde do município Renato Vidigal na terça-feira (14), porém, segundo assessores do departamento, ele estaria em reunião.
Novamente na quarta-feira (15) retornamos inúmeras ligações, falamos com a assessoria de imprensa da pasta e da gestão e ainda não obtivemos retorno.
Nesta quinta-feira (16) voltamos a contatar Vidigal via ligações telefônicas sendo novamente rejeitado.
A intensão em falar com o servidor era esclarecer como está sendo realizado o atendimento homeopático, qual é a estratégia de preservação e monitoramento do prédio e também uma previsão sobre a retomada das atividades.
Para esclarecimentos sobre a obra
Em contato com o secretário Tahan Sales Mustafa, responsável pelas obras públicas em Dourados, o dirigente afirmou que o processo está nas mãos da Caixa Econômica Federal e deve ser retornado em breve para as mãos da gestão a fim de lançar o processo de licitação da obra.
Questionado sobre o risco da emenda de quase meio milhão expirar e Dourados acabar perdendo o recurso, Tahan garantiu que agora não há mais volta.
“Já fizemos tudo o que podíamos, a documentação está com a Caixa. Esse dinheiro pode ficar tranquilo que a gente não perde”, garantiu.
Porém...
Em contato com a Superintendência da Caixa na Capital, a assessoria do banco informou que “recebeu no dia 08/05/2018, por intermédio do Ofício n. 124/2018/SEMOP/PMD, a primeira documentação técnica do tomador para a análise inicial. A análise encontrou diversas pendências técnicas a serem corrigidas nos projetos, memoriais e planilhas orçamentárias, além de pendências documentais diversas. O tomador foi informado dessas pendências através de parecer por meio do Ofício 1-1082/2018, em 30/07/2018. Em 03/08/2018 recebemos, por meio do Ofício n. 229/2018/SEMOP/PMD, a documentação para continuidade da análise de engenharia, que após análise ainda apresentou pendências”.
A Caixa disse aguardar a complementação da documentação pela Secretaria Municipal de Obras Públicas para dar continuidade ao processo.
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