Um motociclista teria tentado comprar combustível em garrafas de energético pouco antes; as embalagens foram encontradas ao lado do corpo.

Polícia investiga se jovem incendiada teve
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A Polícia Militar suspeita que a jovem Stephany Maciel Silva, de 30 anos, tenha recebido 'ajuda' para adquirir combustível pouco antes de ser encontrada em chamas na noite de domingo (18), em frente à casa do ex-companheiro, no bairro Nova Campo Grande, em Campo Grande. Ela morreu carbonizada sentada em uma cadeira de fio, e o caso segue sob investigação.

Conforme o boletim registrado pela guarnição, os policiais foram acionados para atender uma ocorrência de achado de cadáver. Quando chegaram ao endereço indicado, encontraram a vítima parcialmente queimada, sentada na calçada.

Moradores já haviam apagado as chamas com uma mangueira e os policiais isolaram a área até a chegada da perícia. Próximo ao corpo, os peritos encontraram duas embalagens plásticas de energético com capacidade para 2 litros, o que levantou a suspeita de que tenha sido utilizado combustível para iniciar o fogo.

Diante dos indícios, os policiais seguiram até um posto de combustíveis na Vila Serradinho, onde receberam novas informações que podem ajudar a esclarecer o caso. Um funcionário do posto relatou que, por volta das 21h, um homem chegou ao local pilotando uma motocicleta Honda Titan azul e portando as garrafas.

Segundo ele, o rapaz alegou que precisava de gasolina para ajudar uma mulher cujo carro havia ficado sem combustível. Como a venda de gasolina em recipientes não regulamentados não é permitida, o atendente recusou o pedido, e o homem deixou o local.

As câmeras de videomonitoramento do posto podem ajudar a identificar o motociclista. As imagens foram preservadas e devem ser analisadas pelas autoridades.

No local da tragédia, testemunhas contaram que estavam com Stephany momentos antes dos fatos e que não notaram nenhum comportamento fora do normal. Uma vizinha que era amiga da vítima disse que as duas estavam bebendo, conversando e ouvindo música. Outra moradora confirmou que não ouviu gritos ou pedidos de socorro, apenas notou as chamas e correu para ajudar.

O corpo foi recolhido por uma funerária após os trabalhos da equipe de perícia e da Polícia Civil, que esteve presente na cena do crime. A investigação segue em andamento.