A Polícia de Fátima do Sul, distante 232 quilômetros de Campo Grande, investiga o caso de uma mulher grávida, de 21 anos, que procurou por duas semanas atendimento médico no hospital público da cidade com fortes dores, mas só recebia informação de que não estava na hora do parto. Na segunda-feira (11) chegou a notícia de que o bebê estava morto.

A secretária de Saúde de Fátima do Sul, Josiane de Oliveira, disse que aguarda a apuração dos fatos, pelo hospital, para se posicionar sobre o caso.

O pai da criança, Mário Martins, disse que a esposa fez todos os procedimentos durante a gravidez em um posto de saúde. Ela estava grávida do primeiro filho. Há duas semanas foi encaminhada com urgência para o hospital administrado pela Sociedade Integrada de Assistência Social de Fátima do Sul, mas não foi atendida.

“A partir desse dia, todos os dias a gente vinha e todos os dias mandavam de volta. Examinavam e diziam que não estava na hora e mandavam ela de volta”, contou Martins.

O bebê morreu com 42 semanas de gestação. O caso foi registrado como morte a esclarecer. O resultado do exame necroscópico saiu nesta terça-feira (12) e aponta a morte como pós maturidade, que é quando já passou o tempo limite da gestação.

O delegado responsável pelo caso, Marcius Cordeiro, aguarda o prontuário e disse que vai ouvir o depoimento dos médicos e enfermeiros que atenderam a mulher.

“Nós estamos requisitando toda documentação de acompanhamento dessa gestação e ouviremos nos próximos dias não só os pais da criança, mas todo corpo de enfermagem e médicos para que possam nos fornecer os elementos que necessitamos”, explicou o delegado.

Segundo familiares, a mulher continua internada no hospital. A direção não informou o estado de saúde da paciente e disse que não vai se posicionar sobre o caso.