Foram realizados 27 mandados de busca e apreensão e o bloqueio das contas dos fraudadores de fundos de investimento.

A Polícia Federal com apoio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deflagrou a Operação "Minuano" nesta terça-feira (14) para desarticular organização criminosa responsável por fraudes em fundos de investimento, com prejuízo a Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) de servidores públicos em Mato Grosso do Sul e outros 11 estados da federação.
Foram realizados 27 mandados de busca e apreensão e, além disso, foram executadas medidas cautelares de suspensão de atividade financeira e o bloqueio de contas e ativos em até R$ 451 milhões, valor estimado do prejuízo causado aos RPPS.
A investigação iniciou a partir de informações coletadas na Operação Gatekeepers, de 2018, e foi apurado que o grupo criminoso teria sido responsável pela captação e desvio de R$ 239 milhões de 69 RPPS nos estados de MS, Rio Grande do Sul, Pará, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Paraná, Amapá, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Maranhão.
Além dos prejuízos causados, a PF identificou o pagamento indevido a dirigentes dos RPPS por intermédio de consultorias vinculadas ao grupo.
Sendo assim, os investigados poderão responder pelos crimes de gestão fraudulenta e temerária, apropriação indébita financeira, estelionato financeiro, falsidade ideológica contábil-financeira, negociação de títulos mobiliários sem lastro, manipulação de preços de ativos, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Caso condenados, as penas somadas ultrapassam 40 anos de reclusão.
Operação Minuano - A ação demonstra a atuação integrada entre a PF e a CVM para reprimir os desvios de conduta no Mercado de Capitais, respaldada por Acordo de Cooperação Técnica firmado em 2010 entre as instituições.
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