Intercepção de drogas em caminhões saindo de Corumbá tem sido frequente desde o início do ano.
Mais um caminhão transportando minério de ferro saindo de Corumbá foi interceptado no Estado com carga de cocaína. Desta vez, o veículo foi apreendido na Capital, Campo Grande, na manhã desta quinta-feira (6) com cerca de 100 quilos de cloridrato de cocaína.
A droga estava escondida em bolsas de viagens sobre o minério e teria como destino o município de Sete Lagoas, em Minas Gerais. O motorista, de 41 anos, foi conduzido, juntamente com o entorpecente e o caminhão, até a Superintendência da Polícia Federal no Estado, para as providências cabíveis.
A operação foi uma ação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso do Sul (FICCO/MS), que é composta pela Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Estadual, Polícia Penal, Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN) e Guarda Municipal, que destaca o sucesso das ações ao “caráter integrado e cooperativo da ação entre as forças de segurança participantes”.
Os caminhões carregados com minério estão na mira da Polícia Rodoviária do Estado nos últimos meses, especialmente na BR-262, já que tem sido recorrente o caso de transporte de entorpecentes nas cargas.
Com mais de 400 caminhões com carga de minérios saindo de Corumbá diariamente, os flagrantes do transporte irregular de entorpecentes escondidos tem sido cada vez mais comum.
Por ser uma rodovia que atravessa Mato Grosso do Sul, ligando até São Paulo, o uso dessa rodovia para transporte de drogas não é uma novidade.
Os traficantes utilizam veículos com grandes cargas para esconder as drogas para transportá-las até os receptores, com ajuda das famosas “mulas”, que se expõem aos perigos, como ultrapassar barreiras policiais, em troca de recompensas que podem chegar a 10 salários mínimos.
Outros casos
Em 12 de fevereiro, 120 kg de cocaína foram apreendidos na BR-262, droga essa que estava fracionada e escondida entre cargas de ossos, armazenadas em tambor plástico com capacidade para armazenar até 200 litros
Outra carga interceptada na BR-262, menos de dez dias depois, também tentava passar substâncias entorpecentes entre carregamento lícitos, sendo 391 kg de cocaína e 247 Kg de maconha localizados nessa ocasião em um bitrem, que transportava minério de ferro.
Como se não bastasse, até mesmo uma carga de produtos de limpeza foi usada para tentar camuflar um carregamento de cocaína que, segundo a Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON), foi avaliado em R$ 15 milhões após apreensão feita em após o início de março.
Em 1º de abril deste ano, foram apreendidos 452 quilos de cocaína (avaliada em R$ 22 milhões) em Terenos, que estavam escondidos em um caminhão carregado de minério de ferro.
Dois dias depois, uma apreensão semelhante ocorreu em Campo Grande, desta vez foram confiscados 368 quilos do entorpecente (260 quilos de pasta base e 108 quilos de cloridrato).
No mês seguinte, em meados de maio, duas ações policiais em menos de 24 horas encontraram mais de uma tonelada de drogas escondidas em cargas de minério (560,7 quilos em Terenos e 547,9 quilos em Corumbá). Ambas seriam entregues em outros estados, como Minas Gerais e São Paulo, respectivamente.
No dia 10 de setembro, a PRF também interceptou mais um caminhão vindo de Corubmá até Campo Grande. Após a vistoria, a polícia apreendeu 39,3 kg de cloridrato de cocaína e 225,2 quilos da droga em forma de base livre (pasta base), além de R$ 4,4 mil em espécie que estavam com o motorista e o aparelho celular do suspeito.
O caminhoneiro admitiu que aceitou a missão com a promessa de receber R$ 10 mil caso a entrega fosse bem sucedida.
Além do disfarce do minério, o narcotráfico também usa calcário, placas de energia solar, tambores, carnes e outros tipos de cargas lícitas para esconder os entorpecentes.











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