A sul-mato-grossense ficou nacionalmente conhecida como “golpista de luxo” e esteve foragida por 10 anos.

Polícia conclui que "golpista de luxo" de MS provocou a própria morte
Kelly Samara quando foi presa por estelionato, aos 22 anos. / Foto: Divulgação

A morte de Kelly Samara Carvalho dos Santos, 33, ocorrida em Santa Catarina, foi provocada pela própria vítima, sendo acidental ou suicídio. A sul-mato-grossense ficou nacionalmente conhecida como “golpista de luxo” e esteve foragida por 10 anos.

No dia 18 de fevereiro deste ano, ela caiu da janela do apartamento localizado no 4º andar na cidade de Laguna. 

Ao Campo Grande News, o delegado William Testoni Batisti, da Polícia Civil de Laguna, disse que os relatos das testemunhas e outras provas colhidas na investigação apontam que a morte foi consequência de conduta da própria vítima. “Não houve indicativo de crime”, disse.

O inquérito foi relatado em maio e enviado ao MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).

No dia 17 de fevereiro, ela saiu cedo de casa, por volta das 8 horas para fazer procedimento estético. Ela morava com o namorado há pouco mais de um mês e o casal retornou por volta das 3h do dia seguinte e discutindo. Ela havia bebido e usado cocaína. “Ele disse que queria que ela fosse embora no dia seguinte”, contou o delegado. A mulher começou a dizer que ia se matar.

Durante a discussão, Kelly foi até a sacada do apartamento ameaçando se jogar e o namorado conseguiu tirá-la do local. Porém, ela voltou, se sentou no parapeito e começou a se balançar, indo e vindo. Em um desses momentos, acabou caindo. 

No dia 27 de junho, a 2ª promotoria de Justiça de Laguna manteve o mesmo entendimento da Polícia Civil e pediu pelo arquivamento do inquérito policial, ainda pendente de decisão judicial a respeito.

Kelly era natural de Amambai e começou a aplicar pequenos golpes aos 13 anos e ficou nacionalmente conhecida ao ser presa em São Paulo, sob acusação de furtar de galeria de arte, fazer compras com cheques roubados e aplicar golpes contra uma idosa.