Esses animais principais que serão montados durante o curso poderão compor o início do acervo para trabalhos de educação ambiental no Bioparque Pantanal.

PMA inicia montagem animais para compor acervo no Bioparque Pantanal
PMA inicia montagem animais para compor acervo no Bioparque Pantanal. / Foto: Reprodução / Web

Os alunos que iniciaram nesta segunda-feira, dia 30 de maio, o curso de taxidermia realizaram a preparação dos animais silvestres para os tratos químicos e montagem, para a parte principal do processo. Esta segunda fase iniciada hoje (31) é a verdadeira arte da taxidermia e a mais difícil, que é a montagem e modelagem dos bichos, bem como instalação de olhos, modelagem facial, que é uma das mais difíceis e o posicionamento, pois a forma que secar, será a que ficará por centenas de ano.

Além de outros animais, os 30 alunos iniciaram os trabalhos para a montagem da onça-pintada, onça-parda, arara-azul, tamanduá-bandeira e um filhote de anta, com a expectativa de que fiquem pronto até o final da semana. Esses animais principais que serão montados durante o curso poderão compor o início do acervo para trabalhos de educação ambiental no Bioparque Pantanal.

A PMA (Polícia Militar Ambiental) e a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) iniciaram nesta segunda-feira, dia 30 de maio, às 13h30, um curso de taxidermia, comumente chamada de empalhar animais. O curso de extensão com 40 horas/aulas visa a preparar os animais, retirando toda a carne do animal afetando o mínimo possível a pele para em seguida realizar a conservação e taxidermia.

De fato, essa é a primeira fase da taxidermia. A limpeza da carne para preparação da pele. Na técnica, vira-se o animal pelo avesso, com o menor corte ventral possível, mantendo somente o crânio e parte óssea das patas, que possibilita depois se anexar arames para permitir que o animal possa ficar em pé, quando empalhado (taxidermizado), ou outra posição. Depois de preparados, os animais sem a carne serão conservados em produtos químicos e pode durar por centenas de anos. O curso com duração de duas semanas vai até sexta-feira (10-maio) com 30 participantes entres alunos de biologia e medicina veterinária e Policiais Militares Ambientais.

Nesta semana serão tratados espécimes de onça-pintada, onça-parda, arara-azul, quati, jaguatirica, entre outros. Neste curso também serão montados (taxidermizados) animais, inclusive, uma onça-pintada e uma onça-parda que foram preparados e conservados no curso anterior realizados nesta parceria entre a PMA e a UCDB no mês de dezembro de 2020. Os animais serão utilizados em trabalhos de Educação Ambiental, especialmente, os que ficarem perfeitos, que irão para o Bioparque.

O Curso de Taxidermia objetiva aos alunos o aprendizado, primariamente de anatomia, mas também de uma profissão, tendo em vista que taxidermistas são procurados no mundo todo para trabalharem principalmente em museus, o que não impede de montarem outros animais que não tenham restrição de captura e abate, peixes por exemplo e montá-los para a venda, animais de estimação, quando as pessoas preferem conservar seus bichos ao morrerem.

Para a PMA, o trabalho de taxidermia é montar museus itinerantes de educação ambiental para ter atrativos às crianças e adolescentes no sentido de se discutir as razões que levaram àqueles animais a estarem mortos e não na natureza cumprindo seu papel ecológico. Trata-se de uma forma bastante didática, que tem fundamentado e tornado os trabalhos na área de Educação da Polícia Militar Ambiental extremamente requisitados, até porque, o museu de fauna itinerante é somente uma das oficinas utilizadas nos trabalhos. Também há outras oficinas, com discussões de outros temas, como: oficina de reciclagem (em que se discute a questão dos resíduos sólidos), do ciclo da água (discutem-se recursos hídricos), a casinha da energia (Maquete usada para se discutir sobre os tipos de produção de energias e seus impactos, bem como energias as renováveis e limpas), plantio de mudas nativas (discutem-se sobre desmatamento, assoreamento, importância da flora etc.).

Além disso, é apresentado o teatro de fantoches, com peças discutindo esses, e vários outros temas ambientais. A PMA trabalha atualmente em média 20 mil alunos por ano em escolas da Capital e interior.