Acusado responde a sete processos por homicídio qualificado, estupro, furto, desacato e crimes do sistema nacional de armas.

Pintor acusado de matar diarista já foi preso por estupro e homicídio
Érica foi morta asfixiada na casa onde vivia com os filhos. / Foto: Reprodução

O pintor F. B. do A., 39 anos, acusado de matar asfixiada a namorada Érica Aguilar Pereira, 39 anos, e tentar estrangular a filha dela de 14 anos, na madrugada de ontem (11), tinha várias passagens pela polícia. Segundo dados do Tribunal de Justiça, o acusado responde a sete processos por homicídio qualificado, estupro, furto, desacato e porte de armas. O pintor está foragido e a Polícia Civil já pediu a prisão preventiva dele.

Em março de 2008, por volta da meia-noite, no Bairro Guanandi, Fábio estuprou a esposa que na época tinha 31 anos. Armado com uma faca, o acusado disse à vítima. “Eu vou fazer com você tudo o que eu quiser, você não reaja, não grite, não abra a boca, senão enfio essa faca no teu pescoço”.

Ele a ameaçava dizendo que estava drogado, muito louco e com raiva da companheira. A vítima foi amarrada pelos pulsos na cama. A violência durou a noite toda. Por volta das 7h do outro dia, Fábio desamarrou a vítima e foi dormir. Ele foi preso em flagrante pela Polícia Militar. À polícia, a mulher relatou que não era primeira vez que havia sofrido violência por parte do marido. 

No dia 7 de abril de 2004, por volta das 18h30, Fábio, armado com um revólver disparou contra Paulo César Ferreira de Souza e Sullivan Martins de Barros. Paulo César, que não tinha nada a ver com a situação e estava sentado no quintal de casa, morreu. Sullivan foi baleado, mas conseguiu escapar com vida.

Feminicídio - Érica foi encontrada morta na cama, com os braços amarrados para trás e com parte da roupa abaixada. Após asfixiar Érica provavelmente utilizando um lençol, o suspeito ainda tentou esganar a adolescente que dormia em outro quarto com o irmão. 


A diarista pode ter sido assassinada por questionar se o namorado havia abusado da filha dela. A adolescente, a principal testemunha do fato, foi ouvida ontem. “Uma das hipóteses para o crime é que a vítima teria questionado o namorado sobre um suposto abuso sexual contra a sua filha”, disse a delegada Sueili Araújo de Lima. Situação que teria desencadeado a briga entre o casal. A adolescente afirmou que deixou a mãe com o namorado e foi dormir. Até então estava tudo bem. Em razão da agressão sofrida, a garota ficou com marcas roxas no pescoço e passou por exame no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).