Também foi preso, na manhã de hoje, Augusto Ferreira Lima, que ocupou o posto de CEO no Master até o início das negociações para a venda do banco.
A operação da PF ocorre no mesmo dia em que o Banco Central decretou a liquidação do conglomerado e colocou o Banco Master sob regime de administração especial temporária por 120 dias. Apenas o Will Bank foi preservado devido ao interesse de investidores em adquirir o banco digital.
Defesa de Vorcaro nega tentativa de fuga
Advogados de Daniel Vorcaro negaram, à coluna de Mônica Bergamo, da Folha, que ele estivesse fugindo do país. Segundo profissionais que integram a defesa, o banqueiro estava embarcando para os Emirados Árabes para assinar o contrato de venda do banco para investidores, anunciada ontem.
O UOL tenta contato com as defesas de Vorcaro e de Ferreira Lima e com os bancos Master e BRB. O texto será atualizado em caso de manifestação.
"Compliance Zero"
Batizada de Compliance Zero, a operação da PF foi deflagrada para cumprir sete mandados de prisão e 25 de busca e apreensão no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Minas Gerais.
Resultado parcial da operação:
Prisões: seis até o momento (quatro preventivas e duas temporárias);
Ordem de bloqueio em contas: R$ 12,2 bilhões;
Apreensões: Diversos carros de luxo, obras de arte, relógios.
Dinheiro: apreensão, até o momento, de cerca de R$ 1,6 milhão em espécie (não foi divulgado com quem estava o valor);
"Fala-se em R$ 12 bilhões que envolvem esse crime que está sob investigação hoje, com várias prisões", declarou o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, durante depoimento na CPI do Crime Organizado no Senado.
Segundo a PF, o objetivo é "combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional".
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"As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Tais títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada", afirma a PF, em nota, sem divulgar os nomes dos alvos.
São investigados os crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros.
Compra do Master rejeitada
A operação da PF acontece um dia após um consórcio de investidores dos Emirados Árabes Unidos, em conjunto com o grupo de gestão de participações empresariais Fictor, anunciar a compra do Banco Master, com um aporte imediato de R$ 3 bilhões.
Contudo, a proposta foi rejeitada pelo Banco Central, que anunciou a liquidação do Master. Segundo reportagem da Folha, a proposta da Fictor envolvia um consórcio formado por investidores dos Emirados Árabes Unidos, mas os nomes não foram revelados.











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