“Nenhum deles' defenderia bandeiras abraçadas pelo presidente, diz deputado estadual do PL.

Partido de Bolsonaro não quer alianças com pré-candidatos em MS
Interior. Deputado João Henrique Catan deu início à campanha de filiação ao partido de Bolsonaro. / Foto: Divulgação

O Partido Liberal (PL), nova sigla do presidente Jair Bolsonaro, ao menos por enquanto, não vê chances de se juntar aos pré-candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul, em 2022, como os ex-governadores André Puccinelli (MDB), Zeca do PT, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), e também Eduardo Riedel, o concorrente do PSDB.

Para João Henrique Catan, deputado estadual e presidente do PL em Campo Grande, tais pré-candidatos, “nenhum deles', estaria defendendo bandeiras abraçadas por Bolsonaro.

“Sou, sim, antipáticos a todos eles', disse o único parlamentar do partido, na Assembleia Legislativa, ao responder se o PL teria alguma “simpatia' por nomes de pré-candidatos ao governo ou para formar chapa com os partidos deles em 2022.

Catan disse acreditar que os hoje pré-candidatos ao governo de MS “não representam em nada' questões defendidas pelo presidente Bolsonaro. 

“Nem o bem cristão, nem o agronegócio, nada', advertiu o presidente municipal do PL.

Já quanto à possibilidade de o PL lançar candidatura ao governo de MS, Catan ponderou. 

Disse que o foco dos liberais, agora, é focar as atenções na “candidatura e na reeleição' de Bolsonaro. O parlamentar acrescentou, ainda, que já pôs seu nome como opção na disputa. 

No entanto, essa possibilidade ainda não foi debatida pelos líderes regionais ou comando nacional do PL.

Filinto Gomes de Abreu, o presidente do PL em MS, disse, semana passada, que o partido ainda não se manifestaria quanto à disputa pelo governo antes de ouvir as orientações do presidente Bolsonaro.

CARAVANA
Catan estreava ontem, em Sidrolândia, cidade 70 quilômetros de Campo Grande, o que chamou de caravana por filiações. 

Ele e integrantes do diretório do partido planejam rodar os 79 municípios atrás de novos aliados.

Hoje, o PL soma 13,9 mil filiados, um deputado estadual, um prefeito (Nova Andradina), dois vice-prefeitos (Bonito e Dourados) e 10 vereadores.

O presidente municipal do PL disse já ter conversado sobre filiações com os deputados Capitão Contar, do PSL, e o Coronel David (sem partido) e também com a ministra Tereza Cristina, do DEM, mas que deve trocar a sigla por outra até abril, provavelmente o PP, como afirmam seus colegas políticos.

Coronel David disse também na semana passada ao Correio do Estado que a intenção dele seria a de seguir Bolsonaro, juntando-se ao PL. 

No entanto, por orientação do próprio Bolsonaro, resolveu esperar por um tempo. 

O presidente disse a ele que deve precisar de partidos aliados nas eleições e, com isso, o Coronel poderia ir para outro partido como meio de garantir as parcerias.

Além de Contar, Tereza e de Coronel, os deputados federais Loester Trutis e Doutor Ovando, ambos do PSL, ainda não se posicionaram sobre troca de partido.