Ministros do país vizinho não descartam prorrogar ensino remoto por mais tempo caso necessário.

Paraguai suspende aula presencial para conter vírus sincicial respiratório
Autoridades paraguais se reuniram hoje para definir se adiantavam férias de inverno ou suspendiam aulas presenciais. / Foto: Divulgação

Os ministros da Saúde e da Educação do Paraguai decidiram suspender as aulas presenciais de todas as escolas do país a partir da próxima segunda-feira (6) para conter o avanço do vírus sincicial respiratório nos estudantes. Fronteira terrestre com cidades do Mato Grosso do Sul, as aulas vão continuar online por uma semana.

A equipe técnica avaliava antecipar as férias de inverno dos alunos, em julho. Mas chegaram ao acordo de apenas evitar o contato direto entre os alunos. A decisão será analisada semanalmente pelas duas pastas para confirmar o retorno das aulas presenciais.

O vírus sincicial respiratório tem sido identificado em crianças menores de 5 anos. A preocupação das autoridades é com o pico mais alto da doença previsto para julho, época que também são identificados maior circulação de influenza e covid-19.

“Estimamos que as temperaturas mais baixas sejam no mês de julho, altura em que poderá haver maior possibilidade de aumento da proliferação de casos, maior absentismo escolar e maior procura pelos serviços de saúde”, justificou a vice-ministra de Manejo e Vigilância Sanitária do Paraguai, Dra. Lida Sosa.

Vírus sincicial - Coriza, tosse, febre, mal-estar. Esses são sintomas que podem indicar apenas um resfriado, mas o quadro também é provocado pelo VSR (vírus sincicial respiratório), agente causador de doenças como a bronquiolite, inflamação que dificulta a chegada do oxigênio aos pulmões. Provocada por vírus, a doença ocorre sazonalmente, sendo sua incidência mais frequente nos meses de outono e inverno no Brasil, principalmente em crianças até 2 anos de idade.

O vírus é muito contagioso, sendo transmitido pelo ar, por toque e por objetos contaminados. A prevenção é similar às outras infecções de causa viral, incluindo a covid-19. A médica reforça a importância de evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas.