Câmara Municipal pode avaliar comissão de investigação do transporte coletivo de Campo Grande.

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Entre os 12 vereadores que demonstram interesse em investigar o Consórcio Guaicurus por meio de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), Tiago Vargas (PSD) cita as alegações das empresas do transporte coletivo de Campo Grande de prejuízo e o serviço considerado péssimo, para defender abertura da 'caixa preta'. 

"É uma empresa, que tem objetivo de ganhar dinheiro, lucrar em cima dos usuários do transporte, como alega prejuízos todos os meses, mas ainda se mantém à frente do serviço?", questiona. Para o parlamentar a CPI poderá apurar o real motivo da permanência do consórcio, mesmo diante de prejuízos de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões, segundo alegações feitas pelas empresas em reunião na Câmara Municipal.

Tiago Vargas também pontua frota que manteria ônibus vencidos e alguns sem a 'mínima condição de circular'. "Se você está num lugar que está tendo perdas, você entrega, diz que não tem condição de tocar. Agora não podemos aceitar uma empresa que alega isso e continua à frente e oferecendo um péssimo serviço. Vamos descobrir, abrir a caixa preta".

A possibilidade do colegiado para apurar questões vinculadas ao contrato do Consórcio Guaicurus com a prefeitura, é sempre levantada no Legislativo municipal, uma vez que também são constantes as reclamações de usuários em relação à qualidade do serviço. Agora, com boa parte da bancada de Campo Grande eleita pela primeira vez, a possibilidade da CPI fica mais concreta.

Marcos Tabosa (PDT), vereador proponente da CPI, afirmou na semana passada que tem aval de 12 parlamentares - são necessárias 10 assinaturas, além de fato determinado, para uma comissão ser viável. No entanto, o autor disse que só vai apresentar o requerimento após o recesso parlamentar, uma vez que, até meados de julho, a Casa de Leis está envolvida no trâmite das reformas do Prodes (Programa de Desenvolvimento Econômico e Social) e da Previdência.