Mulher é investigada por matar a irmã da vítima, há dois meses, da mesma forma; jovem sobreviveu.

Pai descreve desespero após o filho comer feijão envenenado preparado pela madrasta
Pai relatou como se sentiu ao ver o filho sofrendo. / Foto: Reprodução/Tv Globo

Adeilson Cabral, pai do adolescente envenenado pela própria madrasta, Cintia Mariano Dias Cabral, descreveu a cena do filho agonizando, instantes depois de comer a refeição preparada pela mulher.

De acordo com o site Metrópoles, ao presenciar a situação, Adeilson se lembrou da filha, Fernanda Dias Cabral, que morreu subitamente há dois meses e apresentou os mesmos sintomas do filho.

“Os sintomas eram iguais: a tonteira, ele molhado de suor e, logo depois, já não conseguia mais falar. Pediu água com a língua enrolando e dali foi que eu me alertei. Já estava entendendo o que tinha acontecido com a Fernanda”, disse Adeilson em entrevista ao Fantástico,

Ele contou, ainda, da indignação de perceber que a morte da filha foi causado pela mulher.

“Quero que ela pague, porque ela tirou dois sonhos. De um pai e de uma filha… Tinha o sonho de uma filha viver com o pai trabalhando, isso não tem preço. A minha vida daqui para frente é o meu trabalho com os livros. Em cada feira que eu for fazer, pelo menos ela vai estar do meu lado; assistindo. Ela me chamava de Homem de Ferro, porque eu sempre carreguei muito peso. Livro é pesado. Ela me chamava de Homem de Ferro no trabalho, e eu vou ser. É a única coisa que eu posso fazer”, acrescentou o pai.

O caso

Na sexta-feira (20), Cintia foi presa acusada de envenenar e matar a enteada Fernanda, em março, e tentar matar o irmão da vítima, de 16 anos, no dia 15 de maio.

De acordo com investigações, os dois jovens deram entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer com sintomas semelhantes: tontura, língua enrolada, baba e coloração da pele branca.

Isso tudo após comer um prato de feijão feito e servido pela madrasta, que mantinha relacionamento conjugal com o pai das vítimas há cerca de seis anos.

Inicialmente, a morte de Fernanda não havia sido relacionada a um homicídio. Entretanto, com a internação do irmão com sintomas semelhantes, houve uma reviravolta no caso e a morte passou a ser investigada.