Olarte é condenado à prisão por corrupção e lavagem
Ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte / Foto: Reprodução/TV Morena

O ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, foi condenado a 8 anos e 4 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A sentença foi lida após uma hora de julgamento da Seção Especial Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), composta por sete desembargadores, na manhã desta quarta-feira (24). Ele está com tornozeleira eletrônica desde setembro de 2016, assim como a esposa, Andréia Olarte.

Os assessores dele na época que os crimes teriam ocorrido, Luiz Márcio Feliciano e Ronan Feitosa, também foram condenados. O primeiro foi considerado semi-inimputável e ficou obrigado a cumprir pelo menos dois anos de tratamento ambulatorial. Já Feitosa pegou 3 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto.

Conforme apurado pela TV Morena, nenhum dos réus participou do julgamento. As defesas dele também não compareceram. Os advogados tinham pedido o adiamento da sessão alegando compromisso anteriormente marcado. A sentença será publicada no Diário Oficial da Justiça. Os três podem recorrer da decisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em seu voto, o relator do processo, desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva, ressaltou que os crimes ficaram caracterizados pelas provas. "A realidade é que as condutas criminosas efetivamente aconteceram e foram provadas, deixando absolutamente isolada nos autos a versão em sentido contrário", destacou.

O relator decretou ainda perdimento do veículo camionete Mitsubishi Triton, adquirido com o produto dos crimes de corrupção, em favor da União.

Após ser ouvido pela Justiça em 5 de fevereiro de 2006, Olarte disse: "Isso aí é uma armação política, é um imbróglio muito grande, para prejudicar um menino em ascensão, em relação aos políticos sou um menino ainda, que de repente teve de assumir uma cidade (...) e de repente assombrou algumas forças políticas. Por sua vez, o prefeito cassado reconduzido por liminar ao cargo, usou isso de uma forma vil para tentar me incriminar".