Novo remédio para tratamento da Aids vai ser distribuído nesta semana em MS
Nova opção no tratamento de pessoas com Aids começará a ser distribuído na próxima semana no Estado.

O Ministério da saúde anunciou na quarta-feira (14), um novo tipo de medicamento para tratamento da Aids. O comprimido conhecido como 3 em 1 é a junção dos remédios Tenofovir (300 mg), Lamivudina (300 mg) e Efavirenz (600 mg). Em Mato Grosso do Sul serão distribuídos 68 mil unidades nos centros de tratamentos da doença. No país, segundo o Ministério, serão beneficiados com o medicamento cerca de 100 mil novos pacientes.


A distribuição no Estado está prevista para começar ainda esta semana. Por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul informa que, ao todo, 68 mil comprimidos serão distribuídos para todos os municípios através das Unidades de Dispensação como os Centros Regionais em Saúde e Cedip (Centro de Doenças Infecto-Parisitárias), localizados nas 11 microrregiões do de Mato Grosso do Sul.

Segundo o Ministério da Saúde, a utilização de dose fixa combinada (3 em 1) irá permitir uma melhor adesão ao tratamento de pessoas que vivem com a Aids. Além de ser de fácil ingestão, o novo medicamento tem como grande vantagem à boa tolerância pelo paciente, já que significa a redução dos três medicamentos para apenas um comprimido.

A médica responsável pelo Sae/CTA (Serviço de Atendimento Especializado) em Dourados, Rosana Vieira, os novos casos de Aids que surgirem, com certeza irão receber o medicamento 3 em 1, que é distribuído gratuitamente na unidade. Rosana explica que os pacientes antigos irão continuar com os medicamentos que já bem tomando. “Se o tratamento está correndo tudo bem não precisará haver mudança no remédio”.

Além do medicamento 3 em 1, o Ministério da Saúde também incorporou novas formulações como o ritanovir 100 mg, que agora tem como característica a termo estabilidade, já que a sua versão anterior necessitava de armazenamento em câmara fria.

A preocupação da médica é com os efeitos colaterais que podem aparecer no início da medicação. Os sintomas mais comuns são: alergia, dor de cabeça e dor no estômago. “Esses efeitos colaterais são normais nos 15 primeiros dias depois que o paciente começa a tomar os medicamentos. Se os efeitos persistirem após este prazo é feito a troca. O mais preocupante dos sintomas é a alergia”, afirma.

Também na nota da assessoria de imprensa o novo medicamento reforça as ações em saúde no tratamento de HIV e Aids no Estado, beneficiando cerca de 2.624 pacientes, que fazem uso de Antirretrovirais, número que poderá ser ampliado com a disponibilidade da dose combinada. “O estado de Mato Grosso do Sul é o 6º estado do país em incidência de Aids”, parte do texto enviado ao Diário MS.