Com nova ameaça, infectologista ressalta necessidade de imunizar público.

Nova variante reacende alerta sobre a vacinação de crianças contra covid-19
Com nova ameaça, infectologista ressalta necessidade de imunizar público. / Foto: Reprodução

A BQ1, nova sublinhagem da variante Ômicron, mutação do vírus causador da última onda de covid-19 no mundo, vem acendendo novos alertas à sociedade médica e infectologistas. Em Campo Grande, profissionais ressaltam que os grupos mais vulneráveis ao vírus continuam sendo pessoas que não receberam nenhuma dose dos imunizantes, principalmente crianças e bebês.

O Enfermeiro e doutor em infectologia, Everton Lemos, explicou ao Campo Grande News que as crianças não imunizadas acabam sendo alvos 'fáceis' do vírus. “De fato é uma preocupação. Toda onda de covid relacionada a uma nova variante é, sem dúvida, uma preocupação, principalmente para grupos não vacinados. Quando nós temos pessoas suscetíveis ao desenvolvimento da doença, o aumento do número de casos é muito rápido e as crianças acabam sendo alvos disso', comentou.

Por hora a variante não é motivo para pânico, mas Everton evidenciou que a recomendação continua sendo a imunização geral. “Temos observado, incluindo a chegada dessa subvariante, que as pessoas vacinadas têm desenvolvido menor quadro de gravidade, então isso já é um ponto muito positivo porque vemos a efetividade dos imunizantes', disse.

O infectologista frisou que o vírus age da mesma forma em crianças e bebês. “As crianças se tornam mais suscetíveis a partir do momento que não tem nenhuma vacina. Elas acabam sendo o grupo com maior gravidade e disposição para gravidade da doença, mas é claro, que cada caso pode evoluir de uma forma boa ou não. Quem não está vacinado tende a ter uma maior gravidade. Não ter tomado já é um indicativo para que tenha uma maior probabilidade de ter um caso grave, isso inclui as crianças'.

Everton acrescentou que a  falta de imunização não significa necessariamente o nascimento de uma nova variante, mas que o ato contribui. 'A circulação dos vírus por si só, já é uma condição para ocorrência de novas variantes.  É uma condição natural dos vírus, mas ela é potencializada, quando temos muitos casos. Por isso, o bloqueio por meio de vacina é fundamental para reeducação', finaliza.

Vacinação bebês -  Em Campo Grande, 15 mil doses da vacina contra covid da Pfizer Baby chegaram à Capital. Os imunizantes são destinados a crianças de seis meses a dois anos, com comorbidades. O esquema vacinal será composta por três doses, em um intervalo de quatro semanas entre as duas primeiras doses, e oito semanas para a terceira dose.

Campo Grande iniciará a vacinação já neste sábado, a partir das 7h. Durante o feriado, na próxima terça-feira (15), Campo Grande contará com cinco postos de saúde abertos para vacinação contra a covid-19 para 1,5 mil crianças de 6 meses a 2 anos de idade com comorbidades.